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Molécula da USP pode amenizar insuficiência cardíaca, sugere estudo

Resultados positivos indicam que molécula desenvolvida por pesquisadores da USP tem potencial para tratar insuficiência cardíaca

atualizado

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Imagem mostra uma pessoa de jaleco cor de rosa segurando um coração de plástico vermelho - Metrópoles - insuficiência cardíaca
1 de 1 Imagem mostra uma pessoa de jaleco cor de rosa segurando um coração de plástico vermelho - Metrópoles - insuficiência cardíaca - Foto: GettyImages

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma molécula com potencial para ser usada em medicamentos que aliviem os sintomas da insuficiência cardíaca. Os achados foram publicados nesta terça-feira (07/11) no periódico científico European Heart Journal.

A insuficiência cardíaca é um problema de saúde grave, caracterizado por dificuldades na circulação sanguínea no corpo. Ela atinge cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil e, nos casos mais graves, os pacientes precisam passar por um transplante de coração para resolvê-la.

Como funciona a molécula?

Ao longo de 10 anos de investigações, os pesquisadores desenvolveram a molécula AD-9308, que é capaz de melhorar a circulação sanguínea agindo no metabolismo celular.

A molécula realiza uma espécie de limpeza das mitocôndrias, organelas celulares responsáveis pela respiração celular e pela geração de energia para o corpo. Essa higienização, de acordo com a investigação, ameniza a insuficiência cardíaca.

Coordenador da pesquisa, o biólogo Julio Cesar Batista Ferreira explicou o efeito utilizando uma metáfora:

“Quando o motor não funciona bem, o processo de transformação de energia é prejudicado, resultando em menor eficiência do veículo e, consequentemente, aumento da poluição. Cada célula tem centenas, às vezes, milhares de mitocôndrias que, quando não trabalham bem, produzem um poluente, o aldeído 4-hidroxinonenal, suficiente para intoxicar toda a célula. Descobrimos que ao usar a molécula AD-9308, limpamos essas toxinas e melhoramos o funcionamento da célula”, resumiu em entrevista à Agência Fapesp.

Os resultados sólidos e promissores apresentados pelos cientistas agora devem ser testados em humanos para avaliar se a reversão da insuficiência pode ser replicada também em estudos com o público.

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