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Fiocruz: família e cuidadores de idosos devem ser prioritários para vacina

Pesquisadores sugerem que pessoas que auxiliam os mais velhos sejam incluídos entre os primeiros a serem vacinados contra a Covid-19

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Vacinação de idosos contra a Covid-19
1 de 1 Vacinação de idosos contra a Covid-19 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Comitê de Saúde da Pessoa Idosa da Fiocruz divulgou uma nota técnica, na quarta-feira (3/2), propondo que os cuidadores de idosos que atuam nos domicílios, sejam eles familiares ou pessoas contratadas, sejam priorizados no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19.

De acordo com o levantamento “Acesso prioritário à vacinação contra a Covid-19 para as pessoas idosas com limitações funcionais e seus cuidadores(as)”, atualmente, existem 5,2 milhões de idosos que necessitam de ajuda para as atividades da vida diária. Em apenas 20% dos casos, o cuidado é prestado por um profissional remunerado, enquanto em 80% (4,2 milhões) são os familiares que ajudam nas atividades diárias.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD) do IBGE, de 2020, indicam que o número de familiares que se dedicam aos cuidados de pessoas com 60 anos ou mais passou de 3,7 milhões em 2016 para 5,1 milhões em 2019.

“Entendemos ser fundamental que os familiares cuidadores, juntamente com os idosos por eles cuidados, possam ter garantido o acesso à vacinação”, afirmam os pesquisadores da instituição. “Recomendamos que essa situação seja urgentemente revista”.

De acordo com a pesquisa Cuida-Covid, realizada pela Fiocruz entre agosto a novembro de 2020, 91,4% dos familiares cuidadores são mulheres. Cerca de 60% têm 50 anos ou mais e quase 40% sofrem de alguma doença crônica considerada de risco para a Covid-19 – hipertensão, diabetes, asma/doença respiratória crônica, doença de pulmão, doença de coração ou câncer.

Idosos com capacidade funcional

No documento, os pesquisadores também pedem que os idosos com limitação da capacidade funcional sejam considerados prioridade, independentemente da faixa etária, e a adoção urgente de estratégias para vacinar idosos com dificuldade de sair de casa.

“No Brasil, um país de tantas desigualdades, é evidente que o envelhecimento não acontece de forma igual para toda a população. Uma pessoa de 75 anos pode ter melhores condições de saúde que uma de 60 anos. A situação econômica e o acesso ao sistema de saúde durante a vida são determinantes da desigualdade ante a velhice”, destacam.

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