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Facebook lança ferramenta de cadastro de doadores de sangue no Brasil

Tecnologia visa facilitar a ponte entre prováveis doadores e bancos de todo o país. Recurso já funciona na Índia, Paquistão e Bangladesh

atualizado

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1 de 1 Face 2 - Foto: Reprodução/Facebook

A partir dessa quarta-feira (23/5), o Facebook estende no Brasil seus braços para a área da saúde. A rede social anunciou, em uma coletiva de imprensa na sede da empresa no país, em São Paulo, a implementação de uma nova ferramenta que servirá de ponte entre doadores e hemocentros de todo o Brasil, a fim de facilitar o acesso aos bancos de sangue e aumentar a consciência sobre a importância da doação.

Começando hoje, qualquer usuário da rede com mais de 18 anos poderá se registrar no Facebook como doador, por meio do perfil ou por um link (facebook.com/donateblood) especial. O registro é feito em apenas uma etapa. Em uma página no aplicativo, a pessoa responde apenas se quer ou não doar sangue.

O cadastro pode conter ainda informações sobre doações prévias ou o tipo sanguíneo do doador, mas elas não são obrigatórias. Depois, ele é incentivado a compartilhar a informação com os amigos e convidá-los a fazer o mesmo.

Por aqui, a implementação será por etapas. Nos próximos meses, o desafio é conectar os usuários registrados a bancos de sangues de todas as regiões do país. Até agora, seis hemocentros foram cadastrados pelo Facebook: HemoCe (Ceará), no Nordeste; HemoPa (Pará), no Norte; HemoSC (Santa Catarina), no Sul; Fundação Hemocentro (Brasília), no Centro-Oeste; e HemoRio (Rio de Janeiro) e Pró-Sangue (São Paulo), na Região Sudeste. Ao todo, eles abastecem mais de mil hospitais pelo país.

A plataforma vai permitir que os bancos promovam eventos no Facebook fazendo chamadas para doações aos usuários cadastrados ou chamem, pela ferramenta de localização, as pessoas já registradas que estejam pelas redondezas quando os estoques precisarem de reforço.

Otimismo
O Brasil é o quarto país do mundo onde o Facebook adota a ferramenta. Desde outubro de 2017, 8 milhões de usuários já aderiram à extensão na Índia, Paquistão e em Bangladesh.

Segundo Hema Budaraju, gerente de produtos de saúde do Facebook e responsável pela aplicação da plataforma nos outros países, o produto é baseado em três princípios: aumentar a consciência da população em torno da importância da doação, facilitar a comunicação entre os bancos e pessoas que queiram doar, mas não sabem como; e tornar a doação um hábito, e não algo que se faça apenas uma vez na vida.

Estamos muito otimistas de que a ferramenta sirva para que todos se ajudem. É uma forma de usar a tecnologia de forma responsável.

Hema Budaraju, gerente de produtos de saúde do Facebook

Ela lembrou que, na Índia, mais de 11 mil pessoas doaram sangue em um único dia em janeiro, depois de hemocentros do país fazerem uma espécie de mutirão de postos de coletas, com 300 pontos de doação espalhados pela Índia, todos com chamamentos por eventos na rede.

No Brasil, 125 milhões de pessoas usam o Facebook. Além da importância em número de usuários, a escolha do país para receber o aplicativo se deu pelos números dos estoques de sangue e pela forma como os bancos de sangue brasileiros acessam a rede para chamar possíveis doadores.

“Nosso feedback é que os hemocentros e os hospitais já usam a plataforma para chamar doadores e, em geral, eles atendem. Faz parte da estratégia compreender como os ecossistemas funcionam em cada país”, justificou Nathalie Gazzaneo, gerente de políticas públicas do Facebook.

Representantes de centros de doação e do Ministério da Saúde também participaram do lançamento. De acordo com Flávio Vormittag, coordenador do Sangue e Hemoderivados da pasta, o Brasil fica hoje no limiar do que é aceitável, pelos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), em número de doadores: cerca de 1,6% da população brasileira doa sangue, quando a organização preconiza entre 1% e 3%.

“Sangue não se vende e não se compra no Brasil. Doar é um ato de altruísmo. Temos estoques adequados de sangue, mas as pessoas que doam, não doam com regularidade. Esse recurso vai efetivamente salvar vidas. Esse é o desafio. Essa ferramente vai evitar que pessoas morram. Não é só uma fala”, avaliou.

A repórter viajou a convite do Facebook

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