Estudo prova que alimentos ricos em potássio evitam doenças do coração
Pesquisa holandesa diz que, independente da ingestão de sódio, mineral ajuda a manter a saúde do coração e evitar doenças cardiovasculares
atualizado
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Além de ajudar o corpo a lidar com cãibras, uma dieta rica em potássio pode ter um benefício ainda maior para a saúde. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Amsterdã, na Holanda, o consumo regular de alimentos ricos em potássio também pode diminuir os riscos de problemas cardiovasculares, como infarto e derrame. O levantamento foi publicado na revista científica European Heart Journal.
O estudo analisou dados de 25 mil britânicos idosos, e os participantes foram acompanhados por 20 anos para chegar aos resultados. Eles responderam um questionário sobre seus hábitos alimentares, e tiveram a pressão arterial e amostras de urina monitoradas para verificar a quantidade de potássio ingerida. Segundo os cientistas, em média, há uma diminuição de 13% nas chances de desenvolver doenças no coração quando há consumo suficiente do mineral.
Responsável pela pesquisa, o professor Liffert Vogt explica que a maioria dos conselhos de saúde para evitar problemas cardiovasculares cita a importância da ingestão controlada de sódio, e o potássio é essencial para ajudar o organismo a excretar a substância na urina, mas sua ação parece ir além.
“A relação entre potássio e eventos cardiovasculares foi a mesma independente da ingestão de sal, sugerindo que o potássio tem outras maneiras de proteger o coração, além de aumentar a excreção de sódio”, afirma. Segundo o estudo, alimentos como banana, abacate e salmão ajudam a manter a pressão arterial baixa, amenizando os impactos do alto consumo de sal.

A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença que ataca o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode afetar drasticamente os rins. É causada quando a pressão fica frequentemente acima de 140 por 90 mmHg Gizmo/ Getty Images

Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial Peter Dazeley/ Getty Images

Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente Colin Hawkins/ Getty Images

Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos Grace Cary/ Getty Images

A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia Peter M. Fisher/ Getty Images

Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão Getty Images

Ao apresentar quaisquer sintomas, um cardiologista deve ser procurado. Por ser uma doença que não tem cura e que pode causar problemas cardiovasculares, o diagnóstico precoce diminui consideravelmente quadro mais graves e irreversíveis bluecinema/ Getty Images

Somente um especialista é capaz de diagnosticar casos de hipertensão e indicar o tratamento necessário para diminuir sintomas e consequências da doença. Geralmente, a utilização de remédios e repouso são indicados A. Martin UW Photography/ Getty Images

Contudo, caso a pressão se mantenha superior ao indicado, ou seja, 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve procurar imediatamente um hospital para tomar anti-hipertensivos intravenosos Luis Alvarez/ Getty Images
Estudos anteriores conduzidos em animais já mostraram que o mineral ajuda os músculos a relaxarem e a terem mais energia e, por isso, faz tão bem para evitar as cãibras. Os efeitos também são válidos para os músculos cardíacos e as paredes das artérias, que se mantém flexíveis, evitando complicações cardiovasculares.
Os benefícios seriam maiores para as mulheres, de acordo com o levantamento. As participantes que fazem o consumo regular de potássio tinham 11% menos chances de ter um problema cardiovascular do que as que não faziam o consumo. No caso dos homens, a porcentagem correspondeu a 9%.
Em entrevista ao jornal The Sun, a nutricionista sênior da Fundação Britânica do Coração, Tracy Parker, conta que o estudo holandês corrobora com os últimos avanços da ciência, e prova que diminuir o sal e aumentar o potássio na dieta pode ser a receita para um coração mais saudável.
“Uma maneira fácil de aumentar a ingestão do mineral é comer cinco porções de frutas e vegetais por dia. Outros alimentos, como leguminosas, peixe, castanhas, sementes e leite também são ricos em potássio e pobres em sal, o que pode ajudar a beneficiar o coração”, afirma.
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