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Citronela e outros repelentes caseiros protegem contra a dengue?

Infectologistas esclarecem se as receitas feitas com óleos de plantas, como a citronela, realmente são eficazes contra o mosquito da dengue

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Com o aumento expressivo de casos de dengue no país, o repelente se tornou um item de primeira necessidade para a prevenção da picada do mosquito Aedes aegypti.

Embora as farmácias disponibilizem uma variedade de produtos, algumas pessoas acabam recorrendo a receitas caseiras. Entre elas destacam-se o uso de óleos de plantas conhecidas por espantar os mosquitos – como a citronela, lavanda ou melaleuca –, vinagre de maçã, e a ingestão de vitaminas do complexo B ou de limão com cravo.

No entanto, não há evidências de que os repelentes caseiros realmente oferecem proteção ou se o indivíduo ficaria a salvo do mosquito por períodos prolongados.

Apesar de elementos de algumas das plantas estarem presentes na composição de repelentes industrializados comprovadamente efetivos, o uso de chás e óleos naturais pode ter a eficácia variada de acordo com o manejo da planta (que não são produzidas de forma padronizada).

O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), esclarece que, por mais que as velas com citronela ou fórmulas caseiras de repelente afastem os mosquitos no primeiro momento, não há comprovação sobre a duração do efeito. Por isso, o usuário seria obrigado a fazer a reaplicação várias vezes ao longo do dia, mesmo sem saber se o produto está, de fato, funcionando.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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O médico André Bon, infectologista do Hospital Brasília Águas Claras, explica que os repelentes caseiros não devem ser utilizados.

Segundo Bon, algumas formulações caseiras com cheiro podem acabar atraindo mais mosquitos e aumentar o risco de contrair a dengue. Outro problema é o risco de reações alérgicas. “Os produtos a serem aplicados na pele precisam ser testados para segurança, dado o risco de queimaduras solares graves, alergias ou outras formas de toxicidade aos seres humanos”, esclarece.

Qual repelente usar contra dengue?

Os repelentes mais adequados contra o mosquito Aedes aegypti são os com concentrações de icaridina acima de 20% ou de DEET (N,N-Dietil-m-toluamida) entre 20% e 50%.

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