Covid-19: médico é proibido de doar plasma com anticorpos por ser gay
Recuperado da Covid-19, profissional de saúde queria ajudar pacientes que estão enfrentando quadros graves da doença
atualizado
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Um médico recuperado de Covid-19 foi impedido de doar sangue no Reino Unido. O motivo, no entanto, não tem nada a ver com a doença provocada pelo novo coronavírus. A proibição ocorreu por Joseph Heskin ser gay.
A intenção de Heskin era doar o plasma – parte líquida do sangue que contém anticorpos – para auxiliar na recuperação de doentes com coronavírus no país. No entanto, o Reino Unido tem restrições para doações de sangue feitas por gays e bissexuais, por considerá-los um grupo de risco para a transmissão de vírus pelo sangue, como o HIV e a hepatite.
“Cheguei à última pergunta antes de ser rejeitado por ser gay. Me senti humilhado. O coitado do telefonista se desculpou, envergonhado”, relatou o médico, em sua conta no Twitter.
Embora os homens gays e bissexuais não sejam totalmente proibidos de doar sangue no país, uma das regras afirma que eles devem esperar três meses depois de fazer sexo com outro homem antes de doar.
Após o caso se tornar público, Heskin recebeu mensagens de apoio e agradeceu o carinho. Ele aproveitou para reforçar um sentimento de decepção em relação à proibição. “Uma noite de lixo que me fez sentir a vergonha de quando eu era adolescente”.
Em entrevista à BBC 5 Live, ele sugere que as regras sobre doação de sangue sejam revistas no país. “Estamos pedindo que, em vez de fazer uma proibição geral, eles façam uma avaliação de risco individualizada.”