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Cientistas conseguem recuperar memórias perdidas em camundongos

As memórias dos roedores foram recuperadas por meio de uma técnica chamada de optogenética

atualizado

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Carol Yepes/Getty Images
Ilustração colorida de uma cabeça com peças de quebra-cabeça
1 de 1 Ilustração colorida de uma cabeça com peças de quebra-cabeça - Foto: Carol Yepes/Getty Images

Que atire a primeira pedra quem nunca teve um “branco” e se esqueceu do que aconteceu em algum momento dos últimos dias. Um novo estudo publicado na revista científica Current Biology demonstrou que é possível recuperar memórias esquecidas dias depois por meio da ativação de células cerebrais selecionadas — pelo menos em ratinhos.

O teste foi feito em camundongos e, embora a possibilidade de replicá-lo em humanos seja pequena, a pesquisa revelou que algumas memórias aparentemente esquecidas podem existir em algum estado inacessível no cérebro e podem ser recuperadas artificialmente.

A técnica utilizada para essa recuperação memorial é a optogenética, uma abordagem experimental que utiliza a luz para controlar precisamente a atividade das células cerebrais. Para o experimento nos camundongos ser menos invasivo, os cientistas medicaram os roedores com roflumilast, remédio utilizado para tratar doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Entre os efeitos do remédio está o aumento dos níveis de uma molécula de sinalização celular específica, que diminui quando a memória é prejudicada devido à falta de sono. A ação do medicamento foi registrada cinco dias após o início dos treinamentos, principalmente quando a ativação por luz foi utilizada.

Ainda por meio da optogenética, os estudiosos provocaram respostas de “congelamento” relacionadas ao medo, reativando um subconjunto de neurônios do hipocampo que estavam “ligados” durante uma experiência anterior.

Além disso, os pesquisadores também estimularam a recuperação da memória em roedores amnésicos, o que serve como modelo do início da doença de Alzheimer.

Embora o estudo permaneça no mundo animal, o objetivo de longo prazo da pesquisa, segundo os cientistas, é entender como as memórias são adquiridas, armazenadas e recuperadas para, possivelmente, ajudar pessoas a recuperar suas memórias.

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