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Alzheimer pode ser consequência de bactérias no intestino, diz estudo

Pesquisadores identificaram ao menos 20 grupos de bactérias intestinais que, em excesso, podem acelerar o desenvolvimento do Alzheimer

atualizado

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Peter Dazeley/Getty Images
mulher com desenho de intestino na região abdominal - Metrópoles - flora intestinal
1 de 1 mulher com desenho de intestino na região abdominal - Metrópoles - flora intestinal - Foto: Peter Dazeley/Getty Images

Um estudo feito por médicos da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, e publicado na semana passada na revista Nature, apontou que ao menos 20 grupos de bactérias no intestino podem ter conexão com o desenvolvimento de Alzheimer.

Já havia evidências de uma ligação entre Alzheimer e problemas intestinais, mas este estudo é o primeiro a identificar quais famílias de bactérias estão relacionadas à demência. Para determiná-las, os pesquisadores analisaram 119 grupos de bactérias.

O Alzheimer é uma doença neurológica e relacionada a condições genéticas. Porém, nos últimos anos, a ciência descobriu que aquilo que comemos também parece ser determinante para o desenvolvimento da demência.

Estudos anteriores mostraram que pacientes diagnosticados com Alzheimer têm uma microbiota intestinal menos diversa, e algumas das bactérias presentes nessas pessoas liberam toxinas que podem estimular sinais inflamatórios danosos no cérebro.

No levantamento americano, os cientistas chegaram a 20 bactérias provavelmente ligadas ao desenvolvimento da doença, e quatro delas parecem ter relação com o alelo APOE, que aumenta o risco da demência.

As piores inquilinas

Um exemplo são as bactérias Collinsella, que estimulam a expressão de hormônios inflamatórios mensageiros enquanto deixam as paredes do intestino mais permeáveis.

Pessoas com muitos microrganismos do tipo costumam ter colesterol alto, o que sugere uma ligação entre a Collinsella, o metabolismo de gordura e a neurodegeneração, segundo os pesquisadores.

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Somos o que comemos

Não é possível eliminar a presença das bactérias do nosso sistema digestivo. A melhor opção é manter a flora intestinal equilibrada, com mudança de hábitos alimentares e dieta diversa e saudável.

Os pesquisadores apontam que, nas próximas etapas do estudo, será necessário aumentar a quantidade de indivíduos de grupos culturais diferentes. Só comparando pessoas com diferentes dietas e equilíbrios bacterianos é que a ciência poderá determinar como manter um ambiente saudável dentro do intestino.

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