Saúde alerta sobre riscos de síndromes respiratórias em abrigos do RS
A transmissão de vírus causadores de síndromes respiratórias se torna mais recorrente em ambientes fechados e com grande número de pessoas
atualizado
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![Foto colorida de Quadra de colégio no Rio Grande do Sul que servia de abrigo famílias vítimas - Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_700/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2024/05/20131952/Quadra-de-colegio-no-Rio-Grande-do-Sul-que-servia-de-abrigo.jpg)
Um em cada quatro atendimentos da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul, desde o início das enchentes no estado, estão relacionados a doenças respiratórias, de acordo com o Ministério da Saúde.
Os dados são do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) Chuvas Intensas e Inundações no Sul.
As Síndromes Respiratórias (SR) afetam as estruturas ou os órgãos do sistema respiratório, como nariz, laringe, faringe, traqueia e pulmão.
Elas são agravadas em ambientes fechados e com grande número de pessoas, uma realidade para quem vive nos abrigos montados por todo o estado do Rio Grande do Sul.
De acordo com o boletim da Defesa Civil divulgado neste sábado (25/5), 469 municípios são afetados pelas enchentes. Ao todo, 581 mil pessoas estão desalojadas e 55 mil encontram-se em abrigos.
Não foi observado o aumento significativo de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), quadros que exigem hospitalização e uso de equipamentos de suporte respiratório.
No entanto, o médico Rodrigo Stabeli, assessor da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), chama atenção para o aumento do número de casos menos graves, mas que ainda demandam cuidados em situações de abrigamento. “Há um crescimento preocupante”, afirma Stabeli.
![Criança lavando as mãos](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/05/11163134/Hepatite-infantil-09.jpg)
O Ministério da Saúde faz orientações aos gestores de abrigos para evitar a propagação de doenças respiratótias. Elas incluem:
- Propiciar locais onde seja possível aos abrigados lavar as mãos com água e sabão e incentivar o uso de álcool em gel, principalmente antes de consumir alimentos;
- Transmitir informações sobre cuidados ao espirrar ou tossir, como cobrir nariz e a boca e evitar tocar as mucosas dos olhos;
- Orientar sobre o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, assim como o contato próximo de pessoas que apresentem sintomas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Promover uma alimentação balanceada e a ingestão de líquidos constantemente para as pessoas abrigadas.
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