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Adoçantes artificiais x naturais: saiba vantagens e desvantagens

Nutróloga esclarece quais são as melhores opções disponíveis para substituir o açúcar no cardápio diário

atualizado

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Reprodução/Alto Astral
Imagem mostra embalagem de adoçante e xícara de café - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra embalagem de adoçante e xícara de café - Metrópoles - Foto: Reprodução/Alto Astral

O uso abusivo de açúcar é um dos principais fatores associados à epidemia de obesidade no Brasil. Entretanto, não basta substituir o açúcar por adoçantes artificiais para proteger a própria saúde. O efeito, na verdade, pode ser o contrário do esperado: os produtos químicos usados para adoçar podem estar associados com o desenvolvimento de doenças graves.

“Adoçantes artificiais podem causar irritação no estômago, diarreia e até mesmo problemas renais a longo prazo”, afirma a nutróloga e geriatra Mariana Carvalho, que atende em São Paulo. Em um estudo publicado pela Fiocruz no ano passado, foram revisadas investigações que associaram o uso excessivo de adoçantes artificais ao aumento de várias doenças, entre elas a hipertensão, a diabetes tipo 2 e a gastrite.

Riscos para as mães

Em casos graves, aponta a revisão da Fiocruz, o uso de adoçantes químicos pode estar associado até ao desenvolvimento de depressão e de problemas gestacionais, além de influenciar na obesidade infantil.

No caso das grávidas, o relatório aponta um risco 18% maior de partos prematuros e excesso de peso de recém-nascidos, com as crianças pesando em média 23 gramas a mais ao nascer quando as mães consumiram adoçantes artificiais.

Exagero de quem toma

Segundo a nutróloga, os problemas de saúde são frequentes porque muitas pessoas não observam qual é a quantidade de adoçante recomendada antes de fazer o uso. “O uso excessivo destes produtos químicos pode levar a um desequilíbrio na flora intestinal e a alterações no metabolismo”, explica Mariana.

Entre os adoçantes artificiais mais comum no Brasil, estão o aspartame, a sucralose, a maltodextrose, a sacarina e o ciclamato. Cada um deles tem suas próprias recomendações de uso, que devem ser observadas na embalagem, mas, no caso de adoçantes líquidos, o máximo recomendado costuma ser de apenas quatro gotas para cada 200 ml de bebida.

Substitutos naturais

A nutróloga recomenda o uso de produtos que naturalmente adoçam, como o açúcar de coco, o mel, o açúcar mascavo e o xarope de bordo. Mas, também nesse caso, a quantidade deve ser observada.

“A principal vantagem dos adoçantes naturais é que eles são menos processados e, portanto, contêm menos aditivos químicos. Outra vantagem é que eles são ricos em vitaminas e minerais, o que traz outros benefícios à saúde”, explica Mariana Carvalho.

Os adoçantes naturais, no entanto, devem ser consumidos com moderação, uma vez que eles são calóricos e podem levar ao ganho peso. “O excesso de açúcar, mesmo o natural, pode levar ao ganho de peso e à resistência a insulina. É importante usá-los com moderação e sempre procurar a orientação de um profissional de saúde antes de fazer qualquer mudança significativa na dieta”, afirma a especialista.

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