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Violência contra mulher: SP tem recorde de feminicídios e estupros

Em meio à alta de violência contra mulheres, SP tem recorde de casos de feminicídio e estupro registrados entre janeiro e abril de 2023

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Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Imagem colorida mostra mão feminina, com letra x pintada de vermelho na palma - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra mão feminina, com letra x pintada de vermelho na palma - Metrópoles - Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

São Paulo – Com recorde no número de casos de feminicídio e estupro registrados no estado, São Paulo vive aumento de crimes praticados contra as mulheres em 2023.

Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), os feminicídios aumentaram 53,8% e já são 80 mulheres assassinadas em São Paulo entre janeiro e abril de 2023 – o maior número para o período desde 2018, início da série histórica. Em 2022, haviam sido 52 casos.

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Só em abril de 2023, 19 mulheres foram vítimas de feminicídio. Em um dos casos, Renata de Souza Manoel, de 34 anos, foi assassinada na frente do Memorial da América Latina, na zona oeste da capital. Ela já havia registrado dois boletins de ocorrência contra o ex-marido.

De acordo com as estatísticas, o interior de São Paulo é a região que concentra a maior parte dos casos. Foram 55 ocorrências em 2023. Recentemente, um psicólogo em Araçatuba chegou a fazer uma live após matar a namorada Karen Vitória Mariano Pereira, 19, com facadas no pescoço. Ele foi morto durante ação da PM em seguida.

Estupro em alta

Dados da SSP também mostram recorde no registros de estupros, com um caso a cada 37 minutos. Ao todo, São Paulo notificou 4.678 ocorrências, o que representa o pior resultado desde 2001.

Em 75% dos casos (3.530), o crime foi cometido contra vítimas vulneráveis. Ou seja, pessoas de até 14 anos ou incapazes.

Em abril de 2023, foram registrados 1.126 estupros em São Paulo, o que representa aumento de 11,1% comparado a abril de 2022. Foi naquele mês que a menina Yasmin de Souza, 13, foi estuprada e morta pelo padrasto. A mãe da criança também foi presa.

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) alega ter encontrado “divergências” em estatísticas criminais divulgadas em abril de 2022, pela gestão anterior, de João Doria (ex-PSDB) e Rodrigo Garcia (PSDB), e anunciou uma revisão de todos os dados do ano passado.

Os problemas, no entanto, seriam referentes a crimes patrimoniais – como roubos e furtos. Em relação aos estupros, o Metrópoles já considerou a revisão feita pelo governo atual no dado de abril de 2022.

Segundo o próprio governo Tarcísio, não foram encontradas “inconsistências” nos dados relativos a crimes contra a vida, como homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio.

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