SP: promotoria denuncia inércia em São Sebastião há 10 anos
Cidade de São Sebastião foi a mais castigada pelas chuvas no litoral paulista e que resultaram, até o momento, em 44 mortos
atualizado
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São Sebastião (SP) – O Ministério Público de São Paulo moveu uma ação pública para regularizar a situação fundiária da Vila do Sahy, na qual destaca a “omissão” da Prefeitura de São Sebastião com relação às zonas especiais de interesse social.
A cidade foi a mais castigada por fortes chuvas, que caíram no litoral paulista desde o início do Carnaval, resultando até o momento em 44 mortos e cerca de 2,5 mil desabrigados ou desalojados.
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a prefeitura realizou uma reunião, em 2013, para a regularização e implementação de conjuntos habitacionais na Vila do Sahy, uma das regiões mais devastados pelas tempestades.

Estado em estrada na entrada de São Sebastião, em São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Pistas em São Sebastião, local mais atingido pelas chuvas Fábio Vieira/Metrópoles

Cenas do estrago das chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Cenas do estrago das chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Estragos na rodovia no bairro Juquey em São Sebastião, litoral norte de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Cenas de lama e destruição em São Sebastião no litoral de São Paulo Alfredo Henrique/Metrópoles

Busca por desaparecidos no litoral de São Paulo Divulgação/PM de SP

Estrago da chuva em São Sebastião

Estragos em São Sebastião Daniela Andrade/PMSS

Deslizamento na Praia Vermelha do Sul, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo Defesa Civil de Ubatuba

"Rio de lama", no litoral de SP Divulgação

Trecho parcialmente interditado por queda de barreira na rodovia Rio-Santos Twitter/DER-SP

Registros de áreas alagadas em São Paulo após fortes chuvas Reprodução

Estragos causados pela chuva em São Sebastião, no litoral de São Paulo Daniela Andrade/PMSS

O alto volume de chuva causou destruição e deixou mortos em São Sebastião Daniela Andrade/PMSS

Defesa Civil de Ubatuba

São Sebastião teve deslizamentos Daniela Andrade/PMSS

Chuvas causaram deslizamentos em vias do litoral de São Paulo

Chuvas causaram deslizamentos em vias do litoral de São Paulo
Trecho de documento da 1ª Vara Civil de São Sebastião diz que “para além desse quadro jurídico omissivo, tem-se como público e notório o fato de São Sebastião tratar-se de uma cidade ‘despreparada’”.
E cita os problemas: “Sem infraestrutura nem oferta habitacional adequada, sem oferta de empregos suficiente para a demanda populacional, caracterizada por invasões politicamente orientadas, ocupações irregulares e um crescimento desordenado, especialmente das periferias, uma notável insegurança da posse envolvendo os moradores, além de diversas irregularidades urbanísticas”, enumera.
Números
A Defesa Civil de São Paulo estima 49 desaparecidos em todo o estado.
Para tentar localizar sobreviventes, equipes municipais, do estado e do governo federal realizam ações de resgate e salvamento desde a madrugada de domingo (19/2). Ao todo, a força-tarefa envolve mais de 600 homens e mulheres.
Afetada por inundações, deslizamentos de terra e estradas bloqueadas, São Sebastião tem bairros completamente destruídos, áreas ilhadas e ao menos 39 dos 44 mortos confirmados até o momento pelo governo de São Paulo. Outro óbito foi registrado em Ubatuba.
“Foram cenas muito fortes, com gente mutilada e tudo mais”, afirma o gari Luiz Alberto Nascimento, de 42 anos, morador da Vila do Sahy, em São Sebastião, que perdeu na tragédia o irmão, a cunhada e a filha dela, de 9 anos, e participou do resgate de vítimas soterradas.
Até o momento, só sete das 44 vítimas tiveram identificação confirmada no Instituto Médico Legal (IML). Os mortos identificados são dois homens, duas mulheres e três crianças.