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Sorvete, sombra e água fresca: como os paulistas têm driblado o calor

Verão em pleno inverno pega paulistas de surpresa e provoca mudança de hábitos; água e sorvete estão na lista de itens indispensáveis

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William Cardoso/Metrópoles
foto colorida de artista de rua deitado em sombra da Avenida Paulista, em tarde de sol forte em SP -Metrópoles
1 de 1 foto colorida de artista de rua deitado em sombra da Avenida Paulista, em tarde de sol forte em SP -Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo – O calor atípico que atinge São Paulo esta semana, a última do inverno, mudou a paisagem e os hábitos dos paulistas. A garrafinha de água, por exemplo, tem substituído o guarda-chuva na lista de itens obrigatórios para levar a tiracolo.

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É o caso do consultor Ivan Gama 72 anos, que caminha todos os dias na Avenida Paulista, região central da capital. Na tarde desta terça-feira (19/9), não faltou água durante o trajeto. “Eu gosto de calor, mas não tão exagerado”, diz.

Ivan, que é do Rio de Janeiro e veio para São Paulo nos anos 1970, conta que, naquela época, o clima por aqui era “mais fresco”. O calor atual, no entanto, tem deixado o consultor “mais devagar”.

Maria Luiza Aparecida Matos da Silva, 54 anos, trocou a água pelo sorvete. Ela e a filha, a gestora Natália Matos, 35 anos, passeavam pela Paulista com a sobremesa gelada nas mãos. “Dizem que nos próximos dias o sol estará ainda mais forte”, diz Maria Luiza. “Mas a gente vai continuar vindo para cá.”

Clima de “caldeirão”

A previsão de Maria Luiza está certa. Na capital, a temperatura vai continuar subindo nos próximos dias e deve atingir seu pico no fim de semana. No interior do estado, as marcas devem chegar a 40° C e farão o clima se assemelhar a um “caldeirão”.

Quem é obrigado a ficar sob o sol por força do trabalho também tem seus truques. O entregador Dyone Sousa Cerqueira, 27 anos, diz que costuma alugar bicicletas elétricas para não se cansar tanto. “Hoje (19/9) é um dia que eu gostaria de uma elétrica, mas não havia nenhuma disponível. Tive que pegar a manual”, lamenta.

Dyone trabalha normalmente das 12h às 23h mas, nestes dias muito quentes, tem preferido fazer as entregas somente à noite. “O sol me deixa muito cansado.”

O artista de rua Roberto Peixoto, 66 anos, também se “esforça” para driblar o calor na Paulista. Nesta terça-feira, ele deitou em uma área de sombra e esperava o sol baixar para tocar seu violão do outro lado da avenida. “O frio me obriga a fazer movimento. Já o sol me obriga a parar”, diz.

Alerta do Inmet

Esta semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso meteorológico especial de nível laranja (perigo) de onda de calor, válido em todo o país até as 18h de sexta-feira (22/9).

Seguindo os protocolos internacionais, o aviso é emitido quando as temperaturas, especialmente as máximas, excedem em pelo menos 5° C a climatologia (média histórica) do período.

Na capital paulista, são esperadas temperaturas máximas acima dos 35° C a partir de sexta-feira.

De acordo com a Climatempo, o pico do calor extremo em São Paulo está previsto para sábado e domingo. A previsão é de marcas históricas de calor.

A baixa umidade do ar também é motivo de preocupação. Os médicos orientam a hidratação constante e cuidados com a prática de atividades físicas ao ar livre – os exercícios, nesse caso, devem ser evitados durante os picos de calor.

 

 

 

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