metropoles.com

Soco e apertão no seio: mulher já acusou líder do PCC preso na Baixada

Acusado de gerenciar biqueiras do PCC, Rodney Matos Baiões, o RD, foi absolvido da acusação de violência doméstica e condenado por tráfico

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/Polícia Civil de Santos
foto colorida com reprodução de imagem de Rodney Matos Baiões, o RD, apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) na zona noroeste de Santos; ele foi preso pela Polícia Civil - Metrópoles
1 de 1 foto colorida com reprodução de imagem de Rodney Matos Baiões, o RD, apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) na zona noroeste de Santos; ele foi preso pela Polícia Civil - Metrópoles - Foto: Divulgação/Polícia Civil de Santos

São Paulo – Acusado de atuar como gerente do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista, no litoral paulista, Rodney Matos Baiões, o RD, de 29 anos, já foi acusado pela mulher de agressão. Ela afirma ter sofrido joelhadas, apertos no seio e soco na boca.

A acusação foi feita em fevereiro de 2016, em Santos, e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) chegou a oferecer denúncia contra RD por violência doméstica. RD, no entanto, acabou absolvido no Tribunal de Justiça paulista (TJSP), dois anos depois, após a mulher mudar sua versão durante o julgamento.

Inicialmente, ela contou à polícia que estava separada de RD, com quem já tinha um filho, e os dois decidiram conversar. Na discussão, ele teria puxado cabelo da companheira, desferido um soco na boca dela, apertado o seio direito e dado joelhadas na altura da costela e do abdômen da mulher. O denunciado negou ter cometido as agressões.

Exame de corpo de delito, realizado na época e obtido pelo Metrópoles, apontou que a mulher apresentava “equimoses múltiplas e extensas em parede torácica” e outros hematomas no braço direito e no flanco abdominal. “Concluo que a vítima sofreu lesões corporais de natureza leve”, dizia o laudo.

Absolvição

Quando o caso chegou ao Tribunal, o casal já tinha reatado. Em plenário, RD alegou ter falado para a mulher que iria sair de casa, teve as roupas rasgadas e “se defendeu das agressões, segurando-a pelos braços e a empurrando”.

Dessa vez, a mulher relatou que, em meio à discussão sobre a pensão alimentícia do filho, “ficou nervosa”, “empurrou o réu” e chegou a “cair acidentalmente”. “Como se debatia, acabou lesionada nas costelas e no seio”, declarou.

A alegada vítima disse, ainda, que tinha retomado a relação amorosa com RD e que a convivência era “harmoniosa”. Como não havia testemunhas da suposta agressão, o líder do PCC foi absolvido por falta de provas.

“O certo é que as partes viviam, e vivem, em estado de grande animosidade, em constantes discussões e entreveros, inclusive com agressões recíprocas. Em hipótese que tais, sabe-se, deve-se ter redobrada cautela na avaliação de suas versões”, escreveu o juiz Valdir Ricardo Lima Pompêo Marin, ao decidir absolvê-lo.

Tráfico

Já em 11 de outubro de 2019, RD e um comparsa foram presos em flagrante na Avenida Diamantino Ferreira Cruz Mourão, em Praia Grande, no litoral paulista, por tráfico de drogas.

Na ocasião, policiais militares (PMs) flagraram a dupla correndo em direção a um matagal, carregando mochilas nas costas. Eles estavam com 60 pinos de cocaína, 138 porções de maconha e 23 de crack.

RD confessou o crime, afirmou não ser “filiado a nenhuma facção” e foi denunciado por tráfico de drogas. No TJSP, acabou condenado a 4 anos e 2 meses de prisão, em regime semiaberto, em janeiro de 2020.

O traficante, entretanto, não chegou a pisar na cadeia e era considerado foragido. Foi com base nesse mandado de prisão que policiais civis do 5º DP de Santos e da Delegacia Seccional realizaram sua captura na quarta-feira (24/1).

Captura

Segundo a Polícia Civil, RD virou o responsável pelo tráfico na comunidade conhecida como Caminho da Capela, área dominada pelo PCC e considerada extremamente perigosa.

Ele gerenciava todas as “biqueiras” da região, de acordo com a ocorrência policial.

A prisão do suspeito, que era foragido da Justiça, aconteceu no bairro Rádio Clube, na casa da esposa dele. A polícia informou que a ação foi rápida e RD não esboçou qualquer reação.

Aos investigadores ele disse que não morava no local e que estava apenas “visitando a família”. A prisão aconteceu na frente da mulher e dos seus dois filhos menores.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?