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São Paulo muda grade e diminui opções de formação no Ensino Médio

Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) reduziu de 12 para 3 o número de itinerários formativos no Ensino Médio de São Paulo

atualizado

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Divulgação / Governo de SP
Imagem colorida mostra sala de aula vazia em SP. Local tem quatro fileiras com mesas brancas e cadeiras verdes - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra sala de aula vazia em SP. Local tem quatro fileiras com mesas brancas e cadeiras verdes - Metrópoles - Foto: Divulgação / Governo de SP

São Paulo – O governo de São Paulo vai reduzir de 12 para 3 o número de itinerários formativos disponíveis no Ensino Médio para os estudantes da rede estadual.

A mudança altera o desenho curricular feito pelo ex-governador João Doria (sem partido) e que estava em vigor desde 2021.

Os novos itinerários serão: “Ciências da Natureza e suas Tecnologias + Matemática”, “Linguagens e suas Tecnologias + Ciências Humanas e Sociais Aplicadas” e “Ensino Profissionalizante”.

Segundo a Secretaria Estadual da Educação, os alunos terão entre os dias 15 de agosto e 15 de setembro para manifestar o interesse por uma das três opções. Depois disso, a pasta decidirá como será a distribuição dos itinerários entre as escolas e como será a atribuição de aulas para cada professor.

A reestruturação passa a valer a partir de 2024.

Além da redução de itinerários, o governo também anunciou a criação de disciplinas que serão cursadas por todos os alunos a partir do primeiro ano do Ensino Médio. São elas: “Educação Financeira”, “Projeto de Vida”, “Redação e Leitura” e “Aceleração para Vestibular”.

As disciplinas tradicionais, como matemática e língua portuguesa, serão mantidas.

A pasta afirma que a reestruturação tem como objetivo simplificar o modelo e oferecer aulas “mais adequadas” ao momento do aluno. Segundo o diretor-pedagógico da Secretaria, Renato Dias, o formato anterior era complexo e de difícil gestão.

“Eram 11 itinerários formativos, cada um com seis unidades curriculares e quatro disciplinas diferentes. É uma loucura de gestão para o aluno e para o professor”, afirma Dias. “Como é que eu consigo garantir material didático de qualidade para essas 300 disciplinas?”, diz ele. 

O estado de São Paulo foi o primeiro do Brasil a implementar o Novo Ensino Médio. Na época, a Secretaria da Educação era comandada por Rossieli Soares, ex-ministro da Educação do governo Michel Temer (MDB) e um dos nomes que defendeu a criação do modelo no governo federal.

O programa, no entanto, era alvo de críticas por professores, que se diziam obrigados a dar aulas para as quais não tinham tido formação.

Para a deputada estadual Professora Bebel (PT), que é presidente do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (APEOESP), a redução dos itinerários é positiva, mas faltou diálogo com a categoria para promover a mudança.

“Ele deveria ter ouvido os professores”, diz a deputada em entrevista ao Metrópoles. Ela critica, por exemplo, a inclusão de uma disciplina sobre empreendedorismo no itinerário de ciências da natureza.

“Se o jovem, no futuro, vai querer ser empreendedor, é uma escolha dele. Não pode ser uma imposição [dentro do itinerário]”, afirma.

Dias afirma que os docentes foram ouvidos, assim como os alunos. “A gente só tá propondo essa mudança porque ouviu muito os alunos e os professores”, diz o diretor-pedagógico.

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