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São Paulo identificou 96% dos autores de feminicídios de 2023, diz SSP

Estatística também aponta importância de denúncias; 63 vítimas de feminicídios já tinham registrado ocorrências anteriores contra agressores

atualizado

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Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Imagem colorida mostra mão feminina, com letra x pintada de vermelho na palma - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra mão feminina, com letra x pintada de vermelho na palma - Metrópoles - Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

São Paulo — Do total de 214 feminicídios ocorridos no ano passado no estado de São Paulo, sete ainda têm autoria desconhecida. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a polícia conseguiu identificar 96% dos autores desse tipo de crime em 2023.

Foram presos em flagrante 101 suspeitos. Outros 106 foram indiciados durante as investigações.

Segundo levantamento da Polícia Civil, do total de feminicídios registrados em 2023, em 63 casos as vítimas tinham registrado ocorrências anteriores contra os agressores.

Segundo a coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher, delegada Jamila Ferrari, o dado serve como um alerta para as autoridades de que a violência ocorre dentro de um ciclo que é constantemente repetido e sempre começa antes do crime. “Infelizmente, por algum motivo, essa mulher não sabia ou tinha medo, ou vergonha, ou achou que nada iria acontecer e não procurou a polícia”, observou.

Ainda segundo a delegada, esse contexto indica que é preciso continuar incentivando as mulheres a registrarem as ocorrências “ao menor e primeiro sinal de violência, mesmo que seja um xingamento ou ameaça”.

Subnotificação de estupros

Segundo a Polícia Civil, 11,1 mil estupros de vulnerável e 3,3 mil estupros foram registrados em todo o estado em 2023, um aumento de 9,8% em relação a 2022. “A subnotificação nesses casos ainda é alta”, alertou Jamila Ferrari. “São os crimes mais subnotificados que temos.”

De acordo com a delegada, medo e a vergonha são os principais motivos que desestimulam a vítima a buscar apoio e denunciar o agressor. “Além de machucar fisicamente, também traz uma violência psicológica muito grande, fazendo com que a mulher não procure ajuda”, explicou Jamila. Para a delegada, o aumento das notificações indica que as vítimas estão sentindo confiança para buscar socorro.

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