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Roubos de celular na Faria Lima: crimes triplicaram na via em um ano

Centro financeiro do país, Avenida Faria Lima registrou quase 3 roubos de celular por dia neste ano, o triplo em relação ao ano passado

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Paulo Fridman/Corbis/Getty Images
Imagem aérea de prédios na avenida Faria Lima - Metrópoles
1 de 1 Imagem aérea de prédios na avenida Faria Lima - Metrópoles - Foto: Paulo Fridman/Corbis/Getty Images

São Paulo — O número de roubos de celular triplicou na Avenida Brigadeiro Faria Lima, principal centro financeiro do país, na zona oeste de São Paulo, em relação ao ano passado. Até julho deste ano, foram registrados, em média, 3 roubos por dia na via, que tem cerca de 4,6 km de extensão.

Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), a avenida somou 618 ocorrências de celulares roubados de janeiro até julho de 2023. O número é praticamente o triplo se comparado ao mesmo período em 2022, quando foram registrados 208 roubos.

A Faria Lima é conhecida por concentrar empresas do mercado financeiro e passa por bairros nobres como Pinheiros, Jardim Europa, Jardim Paulistano e Itaim Bibi. A avenida se tornou alvo de assaltantes por conta das calçadas largas e grande movimentação de funcionários dessas empresas.

O Metrópoles pediu um posicionamento à SSP sobre a onda crescente de roubos na região, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Placa com aviso

A insegurança na região motivou o síndico de um prédio comercial a colocar placas nas calçadas para alertar os pedestres: “Cuidado. Local com alto índice de roubo de celular”.

Marcus Tavolari, de 49 anos, é síndico do Edifício Barão De Rothschild, localizado na esquina com a Avenida Rebouças. O empresário trabalha há mais de 20 anos no condomínio e encomendou dois cavaletes com mensagens alertando os pedestres sobre o perigo no local.

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“O intuito das placas é para as pessoas evitarem usar o celular na rua. Constantemente, temos relatos e vemos pessoas sendo roubadas por aqui, inclusive na frente do prédio. O que podemos fazer é isso, infelizmente”, disse Marcus ao Metrópoles.

De acordo com o síndico, os assaltantes geralmente passam de bicicleta, disfarçados com mochilas usadas por entregadores de comida, e aproveitam a distração das vítimas para roubar os celulares. Como as calçadas da avenida são espaçosas e movimentadas, eles conseguem praticar vários crimes com agilidade.

Marcus mantém contato com outros síndicos da Faria Lima e disse ter conversado com eles sobre as placas. Segundo ele, nenhum deles quis colocar os avisos em frente aos seus respectivos prédios por receio de que “desvalorizassem a região”. “Eu acho que desvalorizado já está”, disse.

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