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Dia Nacional da Fotografia: quatro exposições de fotos para visitar

De fotografia contemporânea indígena a registros de anônimos do século XIX, as mostras trazem um amplo retrospecto da produção de imagens

atualizado

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Takumã Kuikuro/ Acervo do fotógrafo
imagem colorida xingu contatos
1 de 1 imagem colorida xingu contatos - Foto: Takumã Kuikuro/ Acervo do fotógrafo

Em 8 de janeiro de 1840, chegou ao Brasil uma inusitada encomenda feita por D. Pedro II: um daguerreótipo. O invento, capaz de gravar imagens da vida real em placas sensibilizadas com iodeto de prata, havia sido apresentado meses antes na Academia de Ciência da França por seu criador, Louis Daguerre.

Curioso e interessado por tecnologia, D. Pedro II é considerado o primeiro fotógrafo do Brasil e com o aparelho fez registros de viagens e do país. Desde a década 1970, no dia 8 de janeiro, é comemorado o Dia Nacional da Fotografia em lembrança a chegada do daguerreótipo.

Quase 200 anos depois, a fotografia está ao alcance de um toque do celular. Para comemorar o dia da fotografia, celebrado neste domingo (8/1), o Metrópoles selecionou quatro exposições em cartaz que mostram diferentes momentos, usos e estilos da produção fotográfica brasileira.

Nova Fotografia 2022 | Parte 2

A fim de revelar talentos, há 11 anos, o Museu da Imagem e do Som realiza a convocatória “Nova Fotografia”. Nesta segunda etapa, os projetos selecionados foram: “As primeiras vezes que fui a vênus”, de Victor Galvão, “Plano de voo”, de Carolina Koff e “Museu da loucura – do barroco ao eletrochoque”, de Ck Martinelli.

Museu da Imagem e do som: Av. Europa, 158 – Jd. Europa. Ter./sex.: 11h/19h; sáb./dom.: 10h18h. Grátis. site: mis-sp.org.br. Até 22 de janeiro

 

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Modernas! São Paulo vista por elas

A mostra apresenta imagens feitas por Alice Brill, Claudia Andujar, Gertrudes Altschul, Hildegard Rosenthal, Lily Sverner, Madalena Schwartz e Stefania Brill – mulheres judias que vieram para São Paulo fugindo da perseguição nazista. Aqui, encontraram uma cidade em ebulição e construção que registraram por suas lentes. Destaque para os registros de Gertrudes Altschul, que buscava em suas composições linhas e formas geométricas; e os retratos de Madalena Schwartz.

Museu Judaico de São Paulo. Rua Martinho Prado, 128 – Bela Vista. Ter./fom.: 10h/18h Ingressos: R$ 20. Site: museujudaicosp.org.br. Até 5 de março.

Moderna Pelo Avesso: Fotografia e Cidade

A exposição é um ensaio visual sobre a produção fotográfica no Brasil durante a Primeira República (1890-1930), com foco no processo de urbanização das cidades de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Belém. Segundo a curadoria, a ideia é mostrar o que não foi mostrado na Semana de Arte Moderna de 1922. As imagens, em sua maioria de fotógrafos amadores, registraram momentos de muitas mudanças das cidades, como o “bota-abaixo” e da derrubada do Morro do Castelo, que reformularam a paisagem carioca.

Instituto Moreira Salles: Avenida Paulista, 2424 – Bela Vista. Ter./dom.: 10h/20h. Site: https://ims.com.br. Gratis. Até 9 de abril. Até 26 de fevereiro.

Xingu: Contatos

A exposição propõe uma revisão histórica de imagens feitas sobre a primeira grande terra indígena demarcada no Brasil, o Parque Indígena do Xingu. Os visitantes podem ver filmes e fotos produzidos por não indígenas, como José Medeiros e Henri Ballot, que documentaram a região para a revista “O Cruzeiro”; e o trabalho atual de cineastas, artistas e comunicadores dos povos do Xingu e de outras origens, a exemplo de Takumã Kuikuro, que assina a curadoria com Guilherme Freitas.

Instituto Moreira Salles: Avenida Paulista, 2424 – Bela Vista. Ter./dom.: 10h/20h. Site: ims.com.br. Grátis. Até 9 de abril.

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