Quem era empresário morto que abriu disputa por seguro milionário
José Matheus Gomes deixou apólice de R$ 66 mi a ex-esposa; seguradora desconfia de fraude e pediu até exumação do cadáver
atualizado
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São Paulo – A morte do empresário José Matheus Gomes, encontrado baleado em seu carro blindado em julho de 2021, em Jandira, na Grande São Paulo, tornou-se o centro de uma disputa milionária entre a sua ex-esposa e as seguradoras onde ele mantinha seguros de vida.
A seguradora Prudential questiona na Justiça o pagamento de uma apólice de R$ 66 milhões em seguros de vida que o empresário deixou em nome de sua ex-esposa, Nayá de Arruda. A quantia foi acumulada ao longo da vida de José Matheus Gomes, que pagava R$ 80 mil mensais à empresa.
As circunstâncias misteriosas em torno da morte são o principal motivo da disputa. A seguradora Prudential levantou suspeitas de fraude em relação à identidade do corpo e fez múltiplos pedidos para a exumação do cadáver, questionando se ele realmente pertencia ao empresário.
A exumação acabou acontecendo em julho do ano passado e, desde então, o corpo está no Instituto Médico Legal (IML) por causa da disputa.
Quem era o empresário
José Matheus Gomes tinha 32 anos quando foi encontrado, por volta de 12h30 de julho de 2021, baleado na cabeça dentro do seu carro em Jandira, a um quilômetro de sua casa.
O empresário atuava no mercado financeiro e era o sócio majoritário de uma empresa de investimentos. A Prudential alega ter identificado processos judiciais com cobranças milionárias contra a empresa.
Em vida, José Matheus escolheu sua ex-mulher, Nayá de Arruda, como a única beneficiária dos seus seguros de vida. Embora estivessem separados na época de sua morte, eles tinham um filho juntos, que atualmente tem 3 anos de idade.
Morte misteriosa
O corpo do empresário foi descoberto pela Polícia Militar durante uma ronda. No carro, também foi encontrada uma arma que pertencia a José Matheus, e não havia sinais de roubo.
Os investigadores acreditavam inicialmente que o empresário havia cometido suicídio, porém essa hipótese foi descartada devido à ausência de resíduos de pólvora em suas mãos. O caso foi tratado pela Polícia Civil como homicídio, mas o autor do crime nunca foi identificado.