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“Por engano, era a ré”: motorista que atropelou 4 se diz “injustiçada”

Motorista que atropelou quatro pessoas em salão de beleza publicou vídeo antes de ser presa; segundo o relato, ela engatou a ré “por engano”

atualizado

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Imagem colorida de mulher olhando para baixo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de mulher olhando para baixo - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — A motorista que atropelou ao menos quatro pessoas e bateu em dois carros em frente a um salão de beleza em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, disse que engatou a marcha à ré “por engano” e que está sendo injustiçada. Ela publicou um vídeo antes de ser presa, nessa quinta-feira (12/10).

Juliana Schimidt, de 32 anos, teve a prisão preventiva decretada por tentativa de homicídio pelo incidente ocorrido na última quarta-feira (11/10). O motivo da confusão seria uma vaga de estacionamento do salão. Ela também será responsabilizada pelos danos aos veículos.

Funcionários do estabelecimento acusaram a mulher de ter parado o carro, um Hyundai HB20, no local mesmo sem ser cliente. Ela teria ido a outro estabelecimento e, quando retornou, havia um carro estacionado em frente ao dela, bloqueando a saída do veículo.

“Não consegui sair de nenhum lado. Pedi para eles, com toda educação, para que tirassem o carro, para eu poder sair. E aí falaram que não, que era para eu me virar para sair com o carro de lá”, afirma Juliana.

De acordo com a motorista, ela não teve a intenção de matar alguém. A invasão do salão e o atropelamento das pessoas teriam sido um acidente, segundo Juliana. Uma criança estava dentro do carro no momento das batidas.

“Fiquei apavorada. Eu estava com a cabeça doendo, muito machucada. Eu liguei o carro e coloquei a primeira [marcha]. Por engano, era a ré, e eu acelerei.”

“Agora estou sendo indiciada como [se] eu ‘tive’ intenção de matar uma pessoa, sendo que não foi minha culpa. Todo mundo veio para cima de mim, 10 pessoas em cima de uma. Creio que tenha que ser muito bem visto pelas pessoas, porque eu estou sendo injustiçada”, diz a motorista.

“Totalmente de propósito”

Ao Metrópoles uma das mulheres atropeladas, de 32 anos, disse que a motorista teve a intenção de ferir os frequentadores do salão de beleza.

“Aquilo ali foi totalmente de propósito. Isso de que foi sem querer é besteira. Ela chega a dar a ignição para a frente e volta com tudo para trás. O carro era automático, de um modelo em que a ré fica longe da primeira marcha. Não tem como ser sem querer. Eu acho que, quando ela estava saindo para ir embora, ouviu alguma coisa, ficou irritada e veio com tudo para trás”, diz a vítima.

Uma câmera de segurança do estabelecimento flagrou o momento do atropelamento. Nas imagens, a vítima que concedeu entrevista ao Metrópoles aparece de calça verde e blusa preta. Ela teve apenas alguns cortes e arranhões.

“Fiquei muito abalada, assustada mesmo. Eu fui projetada para trás com tudo. Não com o mesmo impacto que algumas meninas sofreram, mas foi bem forte. Quando a motorista foi para a frente de novo, eu fiquei tentando tirar ela do carro. A partir do momento que a gente conseguiu tirar ela do carro, ninguém mais encostou nela, não teve mais conflito físico nem nada”, disse.

De acordo com a vítima, a motorista teria estacionado o carro em uma vaga destinada a clientes do salão de beleza enquanto foi a outro estabelecimento. Quando voltou, havia um carro parado na frente da garagem, impedindo que ela saísse. A motorista preferiu tentar uma manobra arriscada para tirar o veículo, o que não deu certo.

“Sou cliente do salão há muito tempo. Lá, quando as vagas da garagem estão preenchidas, o pessoal para na frente, na rua mesmo. Quando alguém precisa tirar o carro, o pessoal manobra numa boa. Ela parou o carro lá, foi para outro lugar, e quando voltou alguém tinha estacionado. Se ela pedisse um ‘por favor’, o dono do carro teria tirado numa boa para que ela pudesse sair, mesmo que ela estivesse errada em estacionar ali”, diz a vítima.

“A mulher não avisou ninguém e, quando ela foi tentar tirar, começou a relar no carro do lado. Aí as funcionárias foram reclamar”, diz ela.

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