Quem cresceu e quem encolheu na política paulista em 2022
O Metrópoles cita 10 nomes da política paulista que mais cresceram para 2023 e os 10 nomes que mais encolheram após as eleições de 2022
atualizado
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São Paulo – O resultado das urnas em 2022 promoveu uma mudança no cenário paulista da política, alcançando novos nomes e reduzindo a importância de outros em relação ao último ciclo eleitoral.
O Metrópoles elaborou duas listas, com 10 nomes cada, citando os principais políticos ligados ao estado de São Paulo que entram mais fortes em 2023 ou que iniciam o próximo ano com a expectativa reduzida em relação a 2022.
Quem cresceu
Nascido no Rio de Janeiro, Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi uma das apostas do presidente Jair Bolsonaro (PL) para estas eleições. Embora tenha sido atacado durante a campanha por ser alguém de fora do estado, foi eleito governador desbancando Rodrigo Garcia (PSDB) e o uso da máquina pública paulista, além de ter dado fim a quase 30 anos de gestões tucanas no estado.
Já Fernando Haddad (PT), mesmo derrotado por Tarcísio no segundo turno, conseguiu o melhor resultado do PT no estado, com 44,73% dos votos. Antes, o partido só havia disputado o segundo turno para o governo paulista uma única vez, em 2002. Agora é o escolhido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Ministério da Fazenda.
Derrotado na eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2020, Guilherme Boulos (Psol) abriu mão da candidatura ao Palácio dos Bandeirantes para se lançar deputado federal e foi o parlamentar paulista mais votado, com mais de um milhão de votos. Além disso, costurou um acordo com o PT para ter apoio do partido na sua candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2024.

Líder do MTST, Guilherme Boulos (Psol-SP) foi o deputado federal mais votado de SP nas eleições de 2022 Michael Melo/Metrópoles

Carla Zambelli havia processado Casagrande pelos comentários Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Tribunais de Contas pediram fim de "caixa-preta" das isenções a Fernando Haddad Fabio Vieira/Metrópoles

Fiador da candidatura de Tarcísio de Freitas em SP, Kassab (PSD) emplacou o vice da chapa e será secretário de Governo de SP em 2023 Daniel Ferreira/Metrópoles

Carioca, Tarcísio de Freitas foi eleito governador de SP desbancando quase 30 anos de PSDB no estado Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ex-ministro de Bolsonaro, Salles mira a prefeitura de SP Rafaela Felicciano/Metrópoles

Senador bolsonarista, Marcos Pontes vê um ponto positivo na derrota de Rogério Marinho Igo Estrela/Metrópoles

De presidenciável do PSDB em 2018, Alckmin corria o risco de não conseguir se candidatar a nenhum cargo pela legenda em 2022. Ele filiou-se ao PSB, levando alguns tucanos junto, entrou de vice na chapa de Lula e conseguiu ser eleito vice-presidente da República. Hugo Barreto/Metrópoles

Após ter sido derrotada em três eleições presidenciais consecutivas (2010, 2014 e 2018), Marina foi eleita deputada federal em sua primeira eleição disputada em São Paulo – ela é natural do Acre Hugo Barreto/Metrópoles

Eduardo Suplicy Jefferson Rudy/Agência Senado
Quem encolheu
Presidenciável do PSDB, João Doria entrou em 2022 como o vencedor das prévias do partido para disputar a Presidência da República impulsionado pelo êxito da CoronaVac.
Mas a alta rejeição nas pesquisas e as disputas internas entre os tucanos o tiraram da disputa, e pela primeira vez desde a redemocratização o PSDB não teve uma candidatura própria ao Palácio do Planalto. Sem disputar nenhum cargo público, Doria se desfiliou e anunciou que deixou a política.
Mesmo anunciado como ministro de Lula, Márcio França (PSB) também encolheu. Enquanto ex-governador paulista, foi derrotado pelo então desconhecido Marcos Pontes para uma vaga no Senado após liderar as pesquisas eleitorais. Há quatro anos, ele disputou voto a voto o segundo turno do governo paulista contra Doria e perdeu por pouco mais de 700 mil votos.
Deputado federal mais votado para a Câmara em 2018, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) havia sido eleito com 1.843.735 votos. Em 2022, ele se reelegeu, mas com a quantidade de votos reduzida pela metade: 735 mil votos.

De presidenciável do PSDB, Doria terminou o ano sem se candidatar e fora da política Governo do estado de São Paulo/Divulgação

Rodrigo Garcia (PSDB) foi o primeiro governador tucano em 28 anos a não conseguir ser eleito no estado. Ele sequer avançou ao segundo turno das eleições Fábio Vieira/Metrópoles

A frase “elas são fáceis porque são pobres”, em relação a refugiadas ucranianas, levou à cassação de Arthur do Val, o Mamãe Falei, como deputado estadual Rafaela Felicciano/Metrópoles

De deputada estadual mais votada da história do país em 2018, com mais de 2 milhões de votos, Janaina Paschoal (PRTB) não conseguiu se reeleger em 2022 Michael Melo/Metrópoles

Vereador de São Paulo, Milton Leite (União Brasil) perdeu influência junto ao governo de São Paulo com a derrota do PSDB. Seu partido não terá nenhum representante no primeiro escalão de Tarcísio de Freitas Michael Melo/Metrópoles

Filho 03 do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viu sua quantidade de votos na Câmara dos Deputados reduzir pela metade em quatro anos Hugo Barreto/Metrópoles

Divulgação

Alexandre Frota Igo Estrela/Metrópoles

De senador e ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB) não conseguiu se eleger deputado federal Daniel Ferreira/Metrópoles

Depois de uma disputa acirrada contra Doria pelo governo de SP em 2018, Márcio França (PSB) foi derrotado por Marcos Pontes para o Senado Rafaela Felicciano/ Metrópoles