“Saidinha”: 101 presos de SP voltam com objetos escondidos no estômago

De acordo com a SAP, 7 presos tiveram de passar por algum procedimento médico para a retirada de itens após "saidinha" de final de ano

atualizado 16/01/2023 17:21

Droga no estômago DIvulgação/SAP

São Paulo – A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), do governo de São Paulo, infomou que 101 detentos foram flagrados com objetos ilicítos, como celulares e entorpecentes, dentro do estômago após a volta da saída temporária de final de ano.

Somente no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) II, em Bauru, foram registrados 19 casos do tipo. Em um deles, um reeducando teve de passar por uma endoscopia para a retirada de um minicelular do estômago.

De acordo com a SAP, o homem engoliu o aparelho para levar à unidade prisional após usufruir da “saidinha”. Ele chegou a ficar por quase uma semana na enfermaria, para tentar ejetar o celular de forma natural. Como não conseguiu, o homem foi encaminhando ao Hospital Estadual (HE), onde passou pela endoscopia.

O preso recebeu alta e passa bem. O aparelho foi apreendido.

Dos 19 casos registrados nesse CPP, 15 deles engoliram entorpecentes e aparelhos eletrônicos. Já em relação a todo estado, dos 101 detentos flagrados com ilícitos no estômago, sete tiveram de passar por algum procedimento médico para a retirada dos itens.

E não é somente no estômago que alguns presos tentam entrar no presídio com objetos.

No CPP de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, um sentenciado foi pego com dois celulares e um carregador com cabo USB escondidos dentro do seu aparelho ortopédico. A tentativa foi flagrada após o preso passar pelo escâner corporal.

celular na prótese ortopédica
Preso foi flagrado com celular dentro de prótese ortopédica

Saída temporária

De acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), do governo paulista, o Poder Judiciário autorizou a saída temporária de 36.041 reeducandos entre os dias 23 de dezembro de 2022 e 3 de janeiro de 2023. Desse total, 1.660 não retornaram para os presídios, quase 5%.

 

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