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Polícia destrói maior apreensão de cocaína da história da capital

Parte da carga de 2,06 toneladas da droga seria destinada a laboratórios clandestinos para abastecer a Cracolândia

atualizado

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São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo incinerou, nessa quinta-feira (16/2), a maior apreensão de cocaína da história do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

As 2,06 toneladas da droga, destruídas em Taboão da Serra, só são inferiores às 2,2 toneladas encontradas pelo Departamento de Narcóticos (Denarc), em outubro de 2019, em um sítio de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo – considerada,  por ora, a maior apreensão de cocaína do estado.

A cocaína destruída nessa quinta foi localizada em uma fábrica clandestina do crime organizado, em Mogi das Cruzes, Grande São Paulo, após três meses de investigações do Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), da 7ª Delegacia Seccional da capital.

O delegado titular Luiz Romani afirmou ao Metrópoles que, parte da droga preparada e embalada no galpão, instalado em um sítio, tinha como destino a Cracolândia, no centro da capital paulista.

“Fomos ao local [no último dia 10] com a luz do dia. Quando chegamos no imóvel, que fica no alto de um morro, nos deparamos com uma fábrica. Nela os criminosos preparavam a cocaína que seria distribuída para as zonas leste e norte, centro de São Paulo, além de algumas regiões do interior. Essa apreensão foi a maior da história do Decap, em números totais.”

Quando a polícia chegou à fábrica, somente o caseiro do terreno estava no local. Apesar de aparentemente ele não estar envolvido com o manuseio dos entorpecentes, ele foi preso por estar ciente das atividades criminosos ocorridas no local, o que ele negou em depoimento. Sua defesa não foi localizada. O espaço segue à disposição.

Dentro da fábrica a polícia identificou três tipos de cocaína, são elas: “Dolce & Gabbana”, uma referência à grife de luxo italiana, “imagem do cavaleiro” e “TikTok”. A droga com o nome da rede social, de qualidade inferior, seria destinada a laboratórios clandestinos e transformada em crack. O Metrópoles já mostrou, em outra reportagem, como o entorpecente chega na Cracolândia.

No galpão havia maquinário para misturar a cocaína com outras substâncias, aumentando o volume da droga, e para embalá-la em tijolos, posteriormente distribuídos para pontos de venda.

Fábrica da cocaína
Em fábrica do crime organizado, a polícia encontrou maquinário usado para embalar cocaína

A enorme quantidade de cocaína demorou 12 horas para ser retirada do galpão, ainda disse Romani. Por conta do receio de o entorpecente ser resgatado pelo crime organizado, a polícia conseguiu autorização judicial, em menos de uma semana, para destruir a droga – que se fosse vendida nas ruas poderia render até R$ 200 milhões ao crime organizado.

Durante o transporte até Taboão da Serra, nessa quinta-feira, os carros do Cerco foram acompanhados pelo helicóptero Pelicano, da Polícia Civil. A incineração começou por volta da 10h e foi concluída cerca de oito horas depois.

“Essa apreensão abalou as expectativas de lucro dos narcotraficantes no carnaval. Essa droga, distribuída em alta escala, iria certamente abastecer as biqueiras [pontos de venda]”, destacou o delegado titular.

As investigações continuam para identificar os responsáveis pelo galpão.

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