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Pedrinho Matador: polícia pede prisão de assassino de serial killer

Maior serial killer do Brasil, Pedrinho Matador foi morto a tiros e degolado há três meses em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

atualizado

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Divulgação/ Polícia Civil
Pedrinho Matador
1 de 1 Pedrinho Matador - Foto: Divulgação/ Polícia Civil

São Paulo – A Polícia Civil de Mogi das Cruzes identificou e pediu a prisão, já decretada pela Justiça, de um dos suspeitos de assassinar Pedrinho Matador, o maior serial killer do Brasil. A informação foi confirmada ao Metrópoles, na tarde desta segunda-feira (5/6), exatamente três meses após ele ter sido morto a tiros e, em seguida, degolado. O crime ocorreu em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

O delegado Rubens José Ângelo, titular do Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa da cidade da região metropolitana, afirmou à reportagem que, além de identificar um dos prováveis assassinos, já esclareceu a motivação para o homicídio. O criminoso ainda não foi preso. A identidade de dois comparsas dele ainda está sob investigação.

“Não podemos entrar em detalhes para não prejudicar as investigações. No momento oportuno, tudo será revelado”, disse o delegado.

O passado sangrento de Pedrinho Matador, que afirmava ter cometido mais de 100 homicídios, foi o maior desafio da Polícia Civil paulista na busca pelos envolvidos no assassinato.

Registrado como Pedro Rodrigues Filho, Pedrinho Matador tinha 68 anos e estava em liberdade desde 2018. Ele havia cumprido 42 anos de prisão após ser condenado por 71 homicídios, iniciados ainda na década de 1970.

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Ele foi abordado por dois criminosos, por volta das 9h50 de 5 de março, quando estava sentando em uma cadeira, em frente ao número 45 da Rua José Rodrigues das Costa, em Mogi das Cruzes.

Segundo a polícia, um homem com uma máscara do palhaço Coringa atingiu Pedrinho com ao menos quatro tiros de pistola. Em seguida, o comparsa, que usava uma máscara cirúrgica, degolou o serial killer com uma faca de cozinha.

Ambos fugiram em um Volkswagen Gol, com placas da capital paulista, guiado por um terceiro criminoso.

Vingança e suspeitos

O delegado Rubens José Ângelo afirmou ao Metrópoles, à época do crime, que a “única certeza” até aquele momento era que a morte de Pedrinho Matador foi uma “execução”, por causa das características do crime.

Além dos quatro tiros e da degola, os executores do maior assassino do Brasil pediram que a sobrinha de consideração do serial killer, que o acompanhava, deixasse o local antes de executá-lo. “Uma das motivações pode ter sido vingança”, afirmou à época Ângelo.

O delegado disse, ainda, que Pedrinho não recebeu ameaças antes do crime. Como o Metrópoles mostrou, o serial killer revelou em uma rede social que estava de passagem por Mogi das Cruzes quatro dias antes de ser assassinado.

Quem foi Pedrinho

Natural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, Pedrinho nasceu com uma rachadura no crânio em razão dos chutes que o pai dele dava na mãe durante a gestação. O primeiro crime do serial killer foi quando ele tinha 13 anos. Pedrinho disse que empurrou um primo no moedor de cana e depois o picou com um facão.

Cerca de um ano depois, aos 14, Pedrinho matou o vice-prefeito de Alfenas, também em Minas Gerais, por demitir seu pai. Na época, o pai de Pedrinho foi acusado de furtar merendas destinadas aos alunos da escola onde ele trabalhava como guarda. Após matar o político, Pedrinho também assassinou outro vigia da unidade escolar, que ele acreditava ser o verdadeiro responsável pelos furtos.

pedrinho matador
Pedrinho afirmou que havia saído do crime

Após cometer os primeiros homicídios, Pedrinho fugiu para Mogi das Cruzes (SP), onde ficou conhecido por roubar bocas de fumo e matar pessoas relacionadas ao tráfico.

Pedrinho Matador só foi preso aos 18 anos, em 1973. À época, acabou condenado a 128 anos de prisão. No entanto, foi justamente no sistema penitenciário que ele cometeu a maior parte dos assassinatos.

Pedrinho justificava os homicídios. Segundo contava, matava “pessoas que não prestavam”. Entre as vítimas, estavam estupradores e traidores. O homem dizia não aceitar algumas condutas criminosas e afirmava nunca ter matado crianças, mulheres e pais de família.

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