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Pai de jovem morta discutiu com Dimas no PS: “Não esboçou preocupação”

Pai de Livia Gabriele criticou atitude indiferente do jogador do Corinthians; segundo ele, atleta pensou em viajar a Minas na mesma noite

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Reprodução/TV Record
foto colorida da A jovem Livia Gabriele Da Silva Matos, 19 anos, que morreu após passar mal durante encontro com o jogador corintiano Dimas Cândido - Metrópoles
1 de 1 foto colorida da A jovem Livia Gabriele Da Silva Matos, 19 anos, que morreu após passar mal durante encontro com o jogador corintiano Dimas Cândido - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Record

São Paulo — O pai da jovem de 19 anos que morreu no apartamento do jogador Dimas Cândido, da categoria sub-20 do Corinthians, disse à polícia que, enquanto os médicos tentavam reanimá-la no Pronto Socorro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, o atleta não teria “esboçado nenhuma preocupação ou sentimento”. Dimas ainda teria comentado que planejava viajar para Minas Gerais na mesma noite.

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Livia Gabriele Da Silva Matos morreu após ter quatro paradas cardíacas. A jovem teve um intenso sangramento na região genital. Segundo o jogador, ela passou mal enquanto eles tinham uma relação sexual.

O pai de Livia, Rubens Chagas Matos, disse ter conhecido Dimas no pronto socorro. O jogador teria dito a ele que seu pai, que mora em Minas Gerais, havia comprado uma passagem para que ele viajasse para lá em um ônibus às 23h, mas ele teria desistido da viagem em razão do episódio envolvendo a jovem.

Segundo Rubens, os dois teriam inclusive brigado no local e, por esse motivo, o pai de Lívia teria chamado uma viatura da Polícia Militar.

O pai de Lívia afirmou que a jovem havia dito que iria se encontrar com uma amiga em um restaurante para assistir a partida entre Corinthians e São Paulo, válida pelo Campeonato Paulista.

Por volta das 19h40, os pais dela receberam uma ligação de uma enfermeira, que informou que Lívia estava internada no PS do Tatuapé. Eles foram informados de que a jovem havia sofrido quatro paradas cardíacas, mas seu quadro havia se estabilizado.

Comportamento normal

Segundo o tenente da Polícia Militar Lucas Sarri, que atuou na ocorrência, Dimas não demonstrou comportamento atípico enquanto aguardava no PS. “Todas as partes da ocorrência estavam tranquilas, ninguém estava alterado ou esboçando nenhum comportamento atípico”, afirma o PM ao Metrópoles.

“Ele alega que estavam tendo relações sexuais normais. Ela começou a passar mal e aí ele acionou o Samu”, complementa Sarri.

Dimas Cândido, que atualmente integra a equipe sub-20 do Corinthians, foi levado ao 30º Distrito Policial de São Paulo, onde prestou depoimento. O apartamento do atleta passou por perícia. No local, foram encontradas manchas de sangue. A jovem teria tido um intenso sangramento na região genital.

Investigações

Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a morte da jovem foi registrado no 30° DP (Tatuapé), mas será investigado pelo 52º DP (Parque São Jorge). Segundo as primeiras informações, a vítima passou mal e desmaiou na casa do jogador.

Dimas, então, “acionou o Samu e prestou os primeiros socorros”, segundo a SSP, mas a jovem morreu após quatro paradas cardíacas. A pasta informou, ainda, que havia manchas de sangue no apartamento. O local foi preservado para perícia.

O que diz Dimas

Em seu depoimento à Polícia Civil, Dimas apresentou a mesma versão: ele disse que mantinha relações sexuais com a jovem no momento em que ela passou mal. Ele afirmou que percebeu que ela desmaiou e apresentava um sangramento.

Em seguida, o atleta disse ter ligado para o Samu e ter sido orientado a fazer massagens cardíacas até a chegada da equipe médica. Ele também afirmou ter acompanhado o resgate da jovem na ambulância.

Em conversa com o Metrópoles , o advogado de Dimas, Tiago Lenoir, disse que o jogador e Livia se conheceram pelo Instagram há alguns dias e tiveram o primeiro encontro na noite dessa terça-feira.

“Ele confirmou que eles tiveram relações sexuais consensuais e com uso de preservativo”, disse o advogado. Segundo Lenoir, os dois não beberam e nem usaram drogas. “No local havia apenas cigarros eletrônicos levados por ela.”

De acordo com o advogado, ao perceber que Livia tinha desfalecido, o atleta ligou para o Samu, seguiu as recomendações para fazer a massagem cardíaca e acompanhou a jovem ao hospital.

“Ele ficou absolutamente consternado com a morte da jovem”, disse Lenoir. Após ser ouvido pela polícia, Dimas foi liberado. A defesa diz que, no momento, aguarda o desenrolar das investigações sobre o caso.

Em nota ao Metrópoles, o Corinthians informou estar “ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base”. O clube acrescentou que “aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias”.

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