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Nunes põe Boulos e PT em “arapuca” se tiver Marta como vice, diz Tatto

Para deputado federal Jilmar Tatto, Marta é querida na periferia e ajudaria Ricardo Nunes a se movimentar à esquerda

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Governo do Estado de São Paulo
Imagem colorida mostra Marta Suplicy, mulher loira, de blusa cinza e camisa listrada, na frente de um fundo escuro, sorrindo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Marta Suplicy, mulher loira, de blusa cinza e camisa listrada, na frente de um fundo escuro, sorrindo - Metrópoles - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo — Secretário de Comunicação do PT e nome influente no diretório paulistano do partido, o deputado federal Jilmar Tatto avalia que uma eventual indicação de Marta Suplicy como vice na chapa do prefeito, Ricardo Nunes (MDB), coloca petistas e a candidatura de Guilherme Boulos (PSol) em uma “arapuca” nas eleições à Prefeitura da capital no ano que vem.

Segundo Tatto, que se posicionou contra a aliança do PT com Boulos na corrida municipal, uma chapa entre Nunes e Marta atrapalharia os planos da candidatura do deputado do PSol de tentar romper a “bolha” da esquerda, uma vez que os dois partidos não têm nomes capazes de dialogar com o eleitorado mais conservador.

O petista avalia que, caso Nunes consiga convencer Marta a participar da disputa, o emedebista ampliaria seu potencial de votos em todos os espectros ideológicos: da direita, uma vez que espera contar com o apoio do PL e do ex-presidente Jair Bolsonaro, à esquerda, com a ex-prefeita, que comandou a cidade entre os anos de 2001 e 2004 pelo PT — hoje ela está sem partido.

“Entramos em uma arapuca que não tem como sair. Tentei alertar”, diz Tatto ao Metrópoles. “Essa movimentação que está havendo por parte do Centrão e da direita é uma movimentação de quem quer vencer a eleição. Não temos movimentação, ficamos na bolha”, afirmou.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, é o principal entusiasta da indicação de Marta para a vice de Nunes e a quer no seu partido. Ao Metrópoles, contudo, a ex-prefeita e atual secretária de Relações Internacionais da gestão Nunes descartou se filar ao PL para ser vice do atual prefeito: “Nada a ver”.

Tatto elogiou a estratégia do adversário. “O Valdemar, espertamente, sabendo que um candidato apoiado só pelo Bolsonaro, sozinho, não ganha eleição, porque é uma cidade bastante progressiva e democrática, fez essa inflexão ao centro”, disse.

Candidatura da Marta

O deputado e secretário de Comunicação do PT duvida que Marta se filie ao partido de Valdemar e Bolsonaro. Ele afirma, porém, que a ex-prefeita poderia migrar para outra sigla que está com Nunes, mas que não tem perfil tão à direita, como o PSD de Gilberto Kassab, que é secretário de Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Tatto foi secretário de Transportes na gestão Marta (2001-2004). A ex-prefeita deixou o PT em 2015, no auge da Operação Lava Jato e do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Isso ocorreu após ela ser preterida mais de uma vez pela partido para concorrer ao governo do Estado. Na época, ela era senadora.

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava preso, em 2018, Marta fez um gesto de reaproximação com a legenda, que foi viabilizado por Tatto. O deputado lembra, contudo, que os petistas não convidaram a ex-prefeita para o lançamento da candidatura de Lula e de Geraldo Alckmin (PSB) à Presidência, o que a desapontou.

Apesar do diagnóstico desfavorável para o PT, Tatto diz que irá apoiar a campanha de Boulos e que vai trabalhar com o partido para fazer uma bancada relevante de vereadores em São Paulo nas próximas eleições.

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