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Nível do Cantareira ultrapassa 80% pela 1ª vez desde 2011

Principal manancial que abastece a Grande SP, Sistema Cantareira opera com 80,3% da capacidade, segundo a Sabesp

atualizado

Divulgação/Alesp
Sistema Cantareira, responsável por abastecer a Grande SP

São Paulo – Com chuvas acima do esperado nos últimos meses, o Sistema Cantareira atingiu volume operacional de 80,3%, o maior em mais de uma década, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta terça-feira (21/3).

Esse é o maior índice atingido pelos reservatórios do Cantareira, principal manancial responsável pelo abastecimento de água da Grande São Paulo, desde o dia 5 de setembro de 2011. Na ocasião, a medição da Sabesp marcava 80,4%.

Durante o período da crise hídrica em São Paulo, entre 2013 e 2015, o manancial ficou sobrecarregado e chegou a operar com o chamado “volume morto” – a reserva técnica de água mais profunda das represas. Diante da escassez, a Sabesp fez racionamento de água na região metropolitana, incluindo a capital.

Em 2021, o sistema voltou a sofrer com nível baixo, mas sem grandes repercussões para o abastecimento da população.

Chuvas de verão

O alto nível dos reservatórios está relacionado ao grande volume de chuva de verão. No dia 22 de dezembro de 2022, início da estação, o nível do Cantareira estava em 38,8% – menos da metade do atual.

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Em apenas três semanas de março, o volume acumulado de chuva na região do Cantareira já soma 181,6 milímetros. A expectativa era que chovesse 174,3 milímetros no mês inteiro.

Responsáveis por abastecer mais de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, as represas do Alto Tietê e a Guarapiranga operam, respectivamente, com 73,8% e 86,7% da capacidade. No início do verão, esses índices estavam em 47,1% e 84%.






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