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Mulher que exibiu tornozeleira eletrônica enfeitada no TikTok volta à prisão

Em prisão domiciliar, mulher postou vídeo no TikTok enfeitando tornozeleira eletrônica e MPSP pediu volta à prisão; defesa nega zombaria

atualizado

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Reprodução/TikTok
Imagem colorida mostra tornozeleira eletrônica enfeitada por miçangas - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra tornozeleira eletrônica enfeitada por miçangas - Metrópoles - Foto: Reprodução/TikTok

São Paulo – A Justiça acatou pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP)  e determinou a volta à prisão de uma mulher que publicou em rede social um vídeo no qual enfeita uma tornozeleira eletrônica. Presa por tráfico de drogas, Camila Fogaça de Almeida cumpria prisão domiciliar em Itaí, no interior de São Paulo.

Na legenda do vídeo, com 32 mil visualizações até esta terça-feira (1/8), Camila escreveu “vamos mudar um pouquinho, quem gostou comenta aí”.

Com 1,3 milhão de visualizações, um segundo vídeo mostra Camila removendo os adereços. “Para quem viu no outro vídeo, eu tinha enfeitado a tornozeleira. Agora eu vou tirar tudo e deixar sem nada, porque amanhã eu vou fazer a manutenção, tá bom? Então é isso”, diz.

De acordo com o Ministério Público, Camila viralizou ao publicar o vídeo. Em sua manifestação, a promotoria destacou que o réu deve “abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça”, segundo trecho da Lei 12.258/2010.

O MPSP também pediu que a empresa dona da rede social seja acionada para a retirada dos vídeos divulgados pela acusada, sob pena de multa diária de R$ 10 mil e crime de desobediência.

A ré passou nesta terça-feira (1º/8) por audiência e seria transferida para a Penitenciária de Pirajuí, onde cumpria pena anteriormente.

Defesa

A advogada Laila Estefania Mendes, que representa Camila, afirma que a ré nunca cometeu faltas e sempre cumpriu as determinações judiciais.

“Em nenhum momento, ela danificou o aparelho. Também não quis zombar do Poder Judiciário. Foi uma forma de auferir alguma renda, uma vez que não tem como trabalhar por causa da prisão domiciliar”, diz a advogada. O benefício do auxílio reclusão foi negado a ela. Segundo Laila, Camila tem dois filhos menores de idade.

A advogada também diz que não viu problema algum na filmagem e divulgação do vídeo, coisa que seria feita também por outras pessoas em prisão domiciliar. “O que chamou a atenção no caso dela foi o número de visualizações”, diz

Laila afirma que a defesa ainda não conseguiu se manifestar sobre o pedido do MPSP, mas que vai solicitar o habeas corpus da cliente.

O espaço segue aberto para a manifestação do TikTok a respeito da determinação judicial.

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