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Metrô SP: Iphan autoriza resgate arqueológico de vestígios de quilombo

Vestígios do quilombo Saracura Vai-Vai foram encontrados durante as escavações da Linha 6-Laranja do Metrô

atualizado

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Divulgação/Consórcio Linha Uni
Foto colorida com imagem aérea das obras da futura estação 14 bis da linha 6 laranja do metrô de são paulo - metrópoles
1 de 1 Foto colorida com imagem aérea das obras da futura estação 14 bis da linha 6 laranja do metrô de são paulo - metrópoles - Foto: Divulgação/Consórcio Linha Uni

São Paulo – O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizou o resgate arqueológico dos vestígios de um quilombo encontrado durante as escavações da estação 14 Bis, na Linha 6-Laranja do Metrô, no bairro do Bixiga, centro de São Paulo.

O sítio arqueológico foi achado em junho de 2022 na área onde ficava a escola de samba Vai-Vai, que ocupou o local por cerca de 50 anos. A três metros de profundidade foram achadas peças de cerâmica, vidro e couro de sapatos. Especialistas acreditam se tratar de relíquias do século XIX do Quilombo Saracura.

Nessa sexta-feira (7/7), o Iphan deferiu um pedido feito pela Linha Uni, concessionária responsável pelas obras do metrô, para que a empresa contratada para cuidar do licenciamento ambiental também faça o resgate arqueológico dos objetos encontrados.

A concessionária calcula já ter resgatado e catalogado mais de 4 mil itens durante as escavações.

Ao menos 11 áreas com vestígios históricos foram localizadas em trechos de obras da Linha 6-Laranja, sendo o sítio arqueológico Lavapés, encontrado em maio, o mais recente.

Obras do metrô seguem paralisadas

O Iphan autorizou o resgate desde que as obras do metrô, suspensas em março deste ano, se mantenham paralisadas. As únicas exceções serão para casos relacionados à segurança e instabilidade do terreno e do sítio arqueológico.

Em maio, o instituto já havia emitido um parecer contrário à retomada das escavações.

A Linha 6-Laranja vai da Estação São Joaquim, no centro da cidade, até Brasilândia, na zona norte. A obra é uma Parceria Público-Privada (PPP) tocada pela empresa espanhola Acciona e pelo governo paulista, por meio da Linha Uni.

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