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Metalúrgica que explodiu foi multada duas vezes por irregularidades

Segundo a Cetesb, a Tex Tarugos foi multada por funcionamento irregular e ampliação; 3 morreram e mais de 30 ficaram feridos após a explosão

atualizado

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Prefeitura de Cabreúva/Divulgação
Foto colorida mostra imagem aérea da metalúrgica destruída por uma explosão em Cabreúva, em São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra imagem aérea da metalúrgica destruída por uma explosão em Cabreúva, em São Paulo - Metrópoles - Foto: Prefeitura de Cabreúva/Divulgação

São Paulo – A metalúrgica Tex Tarugos, onde três funcionários morreram e mais de 30 ficaram feridos após a explosão de uma caldeira (assista abaixo) na tarde de sexta-feira (1º/9), foi multada dias antes por funcionamento e ampliação irregulares.

 

O Metrópoles apurou que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) emitiu um parecer desfavorável à operação da empresa, localizada em Cabreúva, interior de São Paulo, em 15 de agosto.

O motivo, segundo documento ao qual a reportagem teve acesso, foi a constatação de evidências de “liberação ou lançamento de poluentes nas águas, no ar ou no solo”.

Em nota enviada na manhã deste sábado (2/9), a Cetesb afirmou que a Tex – Tarufos para Extrusão Ltda. foi penalizada com duas multas, ainda no dia 15 de agosto. Os valores das autuações não foram informados.

Além das sanções impostas pelo órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente, o Metrópoles mostrou que a metalúrgica funcionava sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

O AVCB deve ser emitido como forma de garantia de que a edificação segue as regulamentações de segurança contra incêndio.

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Sócios não falam

O Metrópoles entrou em contato com os dois sócios responsáveis pela metalúrgica Tex, os irmãos Arisvaldo Rocha de Santana, de 46 anos, e José Roberto Rocha de Santana, 43.

Uma mulher atendeu o celular de José, na manhã deste sábado, afirmando que ele não poderia falar no momento porque “estava se recuperando”.

Questionada se algum porta-voz ou advogado poderia falar em nome da empresa para esclarecer as irregularidades e se posicionar sobre os mortos e feridos, a mulher desligou o celular.

O outro sócio foi procurado, mas sem sucesso. O espaço segue aberto para manifestações.

A reportagem apurou que os irmãos já foram sócios em outras empresas ligadas à metalurgia em Minas Gerais e no Espírito Santo.

Luto oficial

A Prefeitura de Cabreúva decretou luto oficial de três dias por causa da explosão.

Segundo a gestão municipal, sete vítimas estão em estado grave e precisaram ser entubadas. Elas foram transferidas para hospitais da região e da capital paulista.

Outros 14 pacientes estáveis estão sendo atendidos na Santa Casa de Cabreúva. Os demais sobreviventes são cuidados em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Mais de 20 equipes de resgate do próprio município e de cidades vizinhas, além de profissionais do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e da Polícia Militar participaram do atendimento às vítimas.

Segundo o Corpo de Bombeiros, foi descartada a possibilidade de que mais pessoas estejam sob os escombros. Durante a tarde dessa sexta, equipes do canil da corporação foram levadas para vistoriar o local e apontar eventuais sobreviventes.

CORREÇÃO

A Prefeitura de Cabreúva havia informado, na sexta feira (1º/9), que quatro pessoas morreram na explosão da metalúrgica. Na segunda-feira (4/9), a administração municipal corrigiu o dado por meio de nota e esclareceu que três mortes foram confirmadas. O Metrópoles atualizou as reportagens com a informação correta.

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