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Meia Folha, líder do PCC, era suspeito de matar jornalista no Guarujá

Meia Folha pode ter sido alvo de queima de arquivo; ele teria deixado de dar propina a policiais que o extorquiam durante investigação

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foto colorida de Cristiano Lopes Costa, de 41 anos, integrante do PCC conhecido como “Meia Folha”, foi morto no Guarujá - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Cristiano Lopes Costa, de 41 anos, integrante do PCC conhecido como “Meia Folha”, foi morto no Guarujá - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – Cristiano Lopes Costa, conhecido como Meia Folha, tido como um dos líderes do PCC na Baixada Santista era suspeito de envolvimento no homicídio do jornalista Thiago Rodrigues, pré-candidato à Prefeitura do Guarujá e assassinado a tiros na noite de 27 de dezembro do ano passado.

A informação foi dada pelo jornalista Josmar Jozino, do portal UOL. Segundo ele, Meia Folha teria sido alvo de queima de arquivo. Ele foi morto na noite do último dia 12 de março.

De acordo com a Polícia Civil, Cristiano Lopes Costa era proprietário da HC Transporte e Locação Eirelli, que tinha dois contratos vigentes com a Prefeitura do Guarujá. A empresa era responsável por cuidar da limpeza das unidades de saúde no município.

O líder do PCC teria uma outra empresa que cuidava de uma ONG na Favela do Caixão, segundo fontes que se manifestaram sob condição de anonimato. Meia Folha era gerente do tráfico de drogas na região, a serviço de André do Rap, outro líder do PCC foragido da Justiça.

Thiago Rodrigues foi assassinado por ter descoberto irregularidades em uma das empresas de Meia Folha. Policiais apuraram o envolvimento de Cristiano Lopes Costa no homicídio e o extorquiram. O integrante do PCC, então, deixou de pagar propina e foi morto por queima de arquivo.

Morte de Meia Folha

Cristiano Lopes da Costa, de 41 anos, conhecido como “Meia Folha”, foi baleado na noite de terça-feira (12/3) em uma lanchonete, em Vicente de Carvalho. Testemunhas dizem que os disparos foram feitos por um homem que passou pelo local de moto.

O autor dos disparos que mataram “Meia Folha” ainda é desconhecido. De acordo com o relato de uma testemunha, o autor se aproximou da lanchonete em uma moto e, sem descer do veículo, deu vários tiros na direção do homem.

Imagens e vídeos feitos por moradores logo após o crime mostram que havia várias pessoas no local.

No ataque a tiros, o ex-vereador do Guarujá Geraldo Soares Galvão também acabou baleado. Ele foi socorrido e passa bem.

Racha na facção

A morte de Meia Folha é a segunda em menos de 20 dias atribuída ao racha na facção. No último dia 25, Donizete Apolinário da Silva foi executado a tiros em Mauá, na Grande São PauloO homem, de 55 anos, era apontado como aliado do líder supremo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e integrante da chamada “Sintonia Final”, alta cúpula da facção.

O principal motivo para o racha na facção seria o vazamento de um diálogo entre Marcola com policiais penais federais, na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Na ocasião, o líder do PCC afirmou que o número 2 na hierarquia da facção, Roberto Soriano, o Tiriça, era um “psicopata”.

A declaração foi usada por promotores durante o julgamento de Roberto Soriano. O criminoso, que cumpre pena atualmente na Penitenciária Federal de Brasília, junto a Marcola e outros líderes do PCC, foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão, em 2023, por ser o mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo.

Autoridades especulam que a Baixada Santista pode se tornar palco de uma guerra interna da facção nas próximas semanas. Diante do cenário, a expectativa é que o reforço do policiamento na Baixada Santista, que acontece em razão da Operação Verão III, seja prorrogado.

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