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Como Marta pode ajudar a turbinar o caixa de campanha de Boulos

Com bom trânsito entre empresários, Marta Suplicy deve atrair doadores para a campanha de Guilherme Boulos, que tem rejeição no setor

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Imagem colorida mostra Marta Suplicy, mulher branca, loira, de olhos azuis, de braços dados com Guilherme Boulos, homem branco, de cabelo, barba e olhos castanhos - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Marta Suplicy, mulher branca, loira, de olhos azuis, de braços dados com Guilherme Boulos, homem branco, de cabelo, barba e olhos castanhos - Metrópoles - Foto: Divulgação

São Paulo – Além de agregar experiência à chapa e munição contra o atual prefeito, a expectativa sobre Marta Suplicy como vice de Guilherme Boulos na disputa à Prefeitura de São Paulo neste ano também recai sobre a capacidade da ex-prefeita em atrair doadores robustos à campanha do deputado do PSol, que costuma repelir o apoio empresarial por conta do discurso de esquerda.

Nascida em uma família da elite quatrocentona paulista e casada com o empresário Marcio Corrêa de Toledo, ex-presidente do Jockey Club de São Paulo, Marta possui bom trânsito entre o empresariado afeito a investir dinheiro em candidaturas políticas.

Um deles está dentro da própria família. Trata-se do cunhado de Marta, o empresário Ivan Corrêa de Toledo Filho, um dos fundadores do Sem Parar, empresa de pagamento automático em pedágios e estacionamentos.

Com patrimônio estimado em mais de R$ 1,1 bilhão, segundo a Forbes, Ivan foi o maior doador, enquanto pessoa física, da campanha de Marta à Prefeitura em 2016, a única apoiada por ele. Na ocasião, repassou R$ 500 mil à cunhada, então candidata pelo MDB.

Além de Ivan, Marta conseguiu naquele ano R$ 3,8 milhões em doações de empresários como João Carlos Di Genio, fundador do grupo Objetivo, Pedro Grendene Bartelle, um dos fundadores do grupo Grendene e dono da Olympikus, Elie Horn, da construtora Cyrela, Rubens Ometto, da Cosan, e Ivo Rosset, dono das marcas Valisere e Cia Marítima.

A própria Marta e o marido dela também fizeram doações de R$ 100 mil e R$ 53 mil, respectivamente, à campanha dela em 2016. Ela terminou o primeiro turno em quarto lugar, com 10% dos votos.

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Empresários bolsonaristas

Entre os empresários que contribuíram com a campanha de Marta em 2016, há dois bolsonaristas investigados por discutir um possível golpe em um grupo de WhatsApp, em 2022, caso o então presidente Jair Bolsonaro (PL) perdesse as eleições para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

José Isaac Peres, da controladora de shoppings Multiplan, e Meyer Joseph Nigri, da construtora Tecnisa, estavam no grupo de WhatsApp “Empresários&Política”, como revelou a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles. Peres foi o segundo maior doador de Marta, com R$ 200 mil, enquanto Nigri repassou R$ 50 mil para a então candidata.

Em 2022, Nigri também doou R$ 100 mil para a campanha de Bolsonaro contra Lula e R$ 50 mil para Tarcísio de Freitas (Republicanos), que se elegeu governador paulista naquele ano, derrotando o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no segundo turno.

Tanto Bolsonaro quanto Tarcísio devem apoiar a reeleição do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), principal adversário de Boulos e Marta nas eleições municipais deste ano e de quem a ex-prefeita era secretária de Relações Internacionais até a semana passada.

Reforço financeiro e político

Para a campanha de Boulos, doações de empresários ajudariam a reforçar não apenas o caixa da campanha, que promete ser uma das mais acirradas dos últimos tempos, como também a defesa de que a candidatura do PSol não é extremista, como tem dito Ricardo Nunes.

Na eleição de 2020, quando perdeu para o ex-prefeito Bruno Covas (morto em 2021) no segundo turno, Boulos arrecadou menos de 40% do total levantado pela chapa Covas-Nunes — R$ 20 milhões —, sendo R$ 4 milhões em doações de grandes empresários do setor imobiliário e de energia.

Dos R$ 7,5 milhões recebidos pela campanha psolista naquele ano, apenas 10% foram doações de pessoas físicas, com destaque para o casal Caetano Veloso e Paula Lavigne, com R$ 200 mil. A maior parte das receitas veio do fundo eleitoral do PSol (R$ 3,9 milhões) e de financiamento coletivo (R$ 2,9 milhões).

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