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Malas trocadas: após prisão na Alemanha, goianas chegam ao Brasil

As malas trocadas, com os nomes de Jeanne e Kátyna, estavam recheadas de cocaína; as mulheres ficaram presas por mais de um mês

atualizado

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Reprodução/Câmera de vigilância
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1 de 1 brasileiras-edit-alemanha - Foto: Reprodução/Câmera de vigilância

São Paulo e Goiânia – As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía não se desgrudaram desde que saíram do sistema carcerário alemão, no último dia 11. Dentro da cadeia, segundo apurado pelo Metrópoles, elas ficavam até 16 horas sem se ver, porque estavam em cárceres separados após terem as malas trocadas.

As duas estavam abraçadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana, quando desembarcaram às 4h25 desta sexta-feira (14/4), em um voo da Latam que partiu de Frankfurt, na Alemanha.

Elas permaneceram isoladas, na delegacia da Polícia Federal, até embarcarem em outro voo, que as deixou em Goiânia às 9h.

Foi no aeroporto alemão que o pesadelo começou na vida das goianas, em 5 de março.

Ambas foram presas acusadas injustamente por tráfico de drogas. Uma investigação da Polícia Federal mostrou que as brasileiras tiveram as malas trocadas por criminosos, em Guarulhos, em área restrita do aeroporto. Por bagagem trocada, o Primeiro Comando da Capital (PCC) paga R$ 30 mil, como foi mostrado pelo Metrópoles.

As bagagens trocadas, com os nomes de Jeanne e Kátyna, estavam recheadas de cocaína.

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Isolamento e fé

No momento da prisão, as goianas foram separadas. A reportagem apurou que a polícia alemã não mostrou as bagagens apreendidas com drogas para elas. A comunicação também foi feita toda em alemão, idioma não dominado pelas brasileiras.

Elas ficaram sem se ver por dois dias. Depois disso, foram transferidas para um mesmo pavilhão, mas em celas separadas. Elas relataram, assim que chegaram ao Brasil, que suas rotinas se resumiam a comer, orar e tentar conversar com as outras presas.

Ambas também afirmaram ter sofrido preconceito, por parte da polícia alemã, que antes do esclarecimento dos fatos as consideravam “mulas” (pessoas que transportam drogas).

A advogada Luna Provázio contou ao Metrópoles que as duas relatavam solidão e muito frio. A penitenciária não forneceu roupas adequadas e elas tiveram todos os bens pessoais apreendidos.

A defensora acrescentou que o consulado do Brasil em Frankfurt prestou assistência às goianas, bem como aos familiares que chegaram ao país. “Obrigada pela atenção ao caso. Já chegamos a Goiânia”, disse a advogada.

Após a soltura de Jeanne e Kátyna, elas foram registradas sorrindo e brindando com cerveja. A foto foi compartilhada na rede social do diplomata Alexandre Vidal Porto. “Kátyna e Jeanne, livres — e brindando —, enfim!”, escreveu o diplomata.

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Familiares das duas moças embarcaram para Frankfurt na segunda (10), com o objetivo de dar suporte e acolhimento a Kátyna e Jeanne. A irmã de Kátyna, Lorena Baía, a mãe de Jeanne e a advogada Luna Provázio seguiram para a Europa com bagagens de mão. Segundo elas, a viagem teve o apoio da Polícia Federal e da embaixada brasileira na Alemanha.

“As meninas estão nas casas delas, já conseguiram matar as saudades dos familiares mais próximos, ver os cachorros. A ficha delas está caindo aos poucos [sobre o caso e sua repercussão]”, afirmou nesta sexta-feira a advogada Luna Provázio.

Ela disse ainda que as goianas estão “se adaptando à realidade”, porque nunca haviam sido procuradas pela imprensa e inquiridas a falar sobre suas vidas de forma pública.

“Enfim, são muitas emoções, e elas estão se recuperando de todo o trauma. Em breve, vão gravar um vídeo agradecendo à imprensa e às autoridades envolvidas na solução do caso.”

 

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