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“Lula” e axé embalam retorno do Carnaval em São Paulo

Bloco que abre o Carnaval de São Paulo retomou as atividades na manhã deste sábado após dois anos de pausa por causa da pandemia de Covid-19

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Desfile do bloco Tarado Ni Você, região central de São Paulo 6
1 de 1 Desfile do bloco Tarado Ni Você, região central de São Paulo 6 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Na esquina da Ipiranga com a São João, no centro da capital paulista, o coração dos foliões pulsou com o cortejo do Tarado Ni Você, tradicional bloco que abre o Carnaval paulistano e retomou as atividades após dois anos de pausa por causa da pandemia de Covid-19.

Ao som de “olê, olê, olá, Lula, Lula”, o “Tarado” – apelido carinhoso concedido pelos foliões – começou a desfilar por volta das 10h. A concentração estava marcada para 9h, mas desde as 7h os mais animados já iniciavam o “esquenta”.

“Cheguei aqui 7h30 e já tinha gente pegando cerveja”, conta Vitor Ferreira, 26 anos, um dos ambulantes cadastrados pela Prefeitura de São Paulo para vender cerveja e água. Vitor trabalha há seis anos no Carnaval – dois deles foram de hiato por causa do coronavírus. Para ele, a retomada dos blocos de rua foram importantes para garantir uma renda extra.

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Mas em 2023 as coisas retornaram de forma diferente. A começar pela preferência do público quanto às cervejas.

“A que mais está saindo é a Becks. Mais do que a Brahma. O pessoal está pesando o custo benefício, não é?”, explicou. Segundo ele, a latinha de Becks sai a R$ 8, enquanto a Brahma custa R$ 6. “Eu não faria diferente se fosse eles”, brinca.

Vitor Ferreira, 26 anos

“Que som é esse?”

O hoteleiro Adriano Favero, 36, e o supervisor comercial Marcelo Ferreira, 32 resgataram a memória dos foliões ao se fantasiarem dos passarinhos de Castelo Rá-Tim-Bum, programa infantil que fez sucesso na TV Cultura na década de 1990.

Abordados diversas vezes para fotos, a dupla contou à reportagem que chegou mais tarde ao bloco porque precisou ir até a região do Brás, setor têxtil da capital paulista, para comprar a legging rosa que compõe o look.

“Foi a única coisa que não achamos na rua 25 de Março. O resto nós já tínhamos comprado ontem e passamos a noite montando a fantasia”, contou Adriano.

Criatividade

E a criatividade também tomou conta das ruas. O ator André Medeiros, de 40 anos, ousou na fantasia e se virou com o que tinha em casa: foi vestido de toalha. “É fácil. E ótimo andar de toalha na rua”, contou ao Metrópoles.

Até fantasia coletiva rolou, como um grupo que foi de salada de frutas: cada um vestido de uma fruta diferente.

Fantasias politizadas

Murilo Guedes, 30 anos, e Cecília Perles, 27, se inspiraram no momento político do Brasil para elaborar uma fantasia de “alta do dólar” e “queda do real”.

“Achamos que seria cômico, já que eu sou alto e ela é baixinha”, contou ele à reportagem.

Hits de Leo Santana, Ivete Sangalo, Tati Quebra-Barraco embalaram foliões com faixas de “petistas” e “ministério do amor” – uma brincadeira em referência à fala do presidente Lula de que, no seu governo, “todo mundo vai namorar”.

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Quase

O Tarado Ni Você, que homenageia o artista Caetano Veloso, quase ficou de fora do Carnaval paulistano. O bloco perdeu o prazo de inscrição da Prefeitura de São Paulo e precisou mobilizar as redes sociais para conseguir autorização para o desfile.

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