São Paulo – A Justiça de São Paulo acatou nova denúncia contra o adolescente de 13 anos que matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo.
O pedido de internação provisória, feito nessa quinta (30/3) pela Promotoria de Justiça de Taboão da Serra, é referente a atos infracionais anteriores ao atentado, que teriam sido cometidos em fevereiro, enquanto ele estudava na Escola Estadual José Roberto Pacheco, no município da Região Metropolitana de SP.
“Foi determinada a internação provisória do adolescente pelo prazo máximo de 45 dias e marcada audiência de apresentação para o dia 5/4, para que ele seja ouvido na presença de seus representantes legais. O caso corre sob segredo de justiça por determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente, por isso não é possível fornecer mais informações”, informou o Tribunal de Justiça de SP (TJSP), em nota.
Como o Metrópoles revelou com exclusividade, em 7 de fevereiro, o adolescente fez ameaças de morte a um colega por mensagens de WhatsApp. As conversas foram denunciadas pela mãe do colega à diretoria da escola, que registrou um boletim de ocorrência em 28 de fevereiro, denunciando o “comportamento suspeito”.
Após o episódio das ameaças, o colégio convocou os pais do infrator e propôs que ele ficasse afastado temporariamente, realizando atividades domiciliares. Eles não concordaram e pediram que o filho fosse transferido de unidade. Em 6 de março, o adolescente começou a frequentar a Escola Estadual Thomazia Montoro.
Relembre o ataque à escola da Vila Sônia:

Elisabeth Tenreiro, 71 anos, professora assassinada em escola de SPReprodução/Redes Sociais

Ataque a faca em escolaReprodução

Professora imobiliza aluno após ataque a faca em escola de SPReprodução/Redes sociais

Fábio Vieira/Metrópoles

Aluno é apreendido pela PM

Professora Rita mostra ferimentosVinícius Passarelli/Metrópoles

Ataque ocorreu na escola Escola Estadual Thomazia MontoroFábio Vieira/Metrópoles

Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoasFábio Vieira/Metrópoles

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Polícia Militar na escola onde ocorreu o ataqueFábio Vieira/Metrópoles

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Maria do Livramento, mãe de alunoFábio Vieira/Metrópoles

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Estudantes fizeram vigília nesta terça-feira (28/3), em frente à Escola Estadual Thomazia MontoroFábio Vieira/Metrópoles
A promotoria não informou por que só apresentou o pedido de internação compulsória mais de um mês depois do boletim de ocorrência ter sido registrado. No documento, a escola afirma que o adolescente de 13 anos vinha “apresentando um comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores como, por exemplo, portando arma de fogo, simulando ataques violentos”.
O adolescente, segundo a antiga escola, teria enviado mensagens com fotos de armas a colegas via WhatsApp.
“O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp. Alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos”, diz o boletim de ocorrência.
Primeira denúncia
Na primeira denúncia, apresentada na terça (28) e aceita pela Justiça no mesmo dia, o aluno agressor responde por ato infracional análogo a homicídio consumado e tentado, agressão e injúria racial.
O ataque à escola ocorreu na segunda-feira (27). Além da professora assassinada, quatro pessoas ficaram feridas.
Neste caso, relativo ao ataque em Vila Sônia, o pedido de internação provisória foi feito pela promotora da Infância e Juventude Paula Leite Rocha Del Campo.
Ele está internado provisoriamente por 45 dias, na Fundação Casa, onde fará também avaliações psiquiátricas.