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Greve no metrô: passageiros relatam caos e buscam rotas alternativas

Com a greve no metrô, usuários enfrentam distâncias maiores, lentidão, ônibus lotados e atraso para chegar ao trabalho

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Fábio Vieira/Metrópoles
Imagem colorida da estação de trem lotada em SP
1 de 1 Imagem colorida da estação de trem lotada em SP - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Usuários do metrô de São Paulo tentam encontrar alternativas para chegar ao trabalho nesta quinta-feira (23/3), diante da greve de funcionários do metrô, que paralisa o funcionamento de quatro linhas.

As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata não estão operando. Mesmo assim, as estações estão lotadas e não há qualquer previsão de que o metrô volte a operar. A paralisação prejudica pelo menos 2,5 milhões de passageiros.

Passageiros estão adotando rotas alternativas de metrô para contornar a paralisação, usando as linhas 4-Amarela e 5-Lilás e as linhas da CPTM, que operam normalmente. Ainda assim, usuários relatam lentidão, devido à lotação dos vagões e das estações.

A Prefeitura de São Paulo reforçou 13 linhas de ônibus e prolongou outras duas, para tentar contornar a paralisação. Segundo usuários, vários veículos estão lotados e há dificuldade para embarcar.

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O casal Juliana e Luis veio do Paraná para o Lollapalooza e foi surpreendido com a paralisação. "Estamos perdidos"
Algumas estações amanheceram com as portas fechadas
Prefeitura reforçou as linhas de ônibus
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As atendentes Juliana e Rosângela foram pegas de surpresa. Elas avisaram ao chefe que chegariam atrasadas ao trabalho

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O casal Juliana e Luis veio do Paraná para o Lollapalooza e foi surpreendido com a paralisação. "Estamos perdidos"

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Algumas estações amanheceram com as portas fechadas

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Prefeitura reforçou as linhas de ônibus

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Sistema de ônibus não dá vazão à quantidade de passageiros

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Estação da CPTM também ficou lotada

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Muitos passageiros desistiram de ir ao trabalho nesta quinta e tentam comunicar a situação aos seus chefes. Outros optaram por aplicativos de transporte.

Beatriz Fernanda, moradora da Mooca, tinha um exame marcado para as 9h, na Avenida Paulista. Ela afirma que não sabia da paralisação e foi pega de surpresa nesta manhã. “Fui dormir cedo e só fiquei sabendo hoje de manhã”, afirmou.

Ao chegar à estação Bresser-Mooca, ela se deparou com uma fila de passageiros e decidiu pedir um Uber. A funcionária doméstica Clívia de Souza, moradora de Guaianazes, conseguiu avisar a sua patroa, por volta das 6h30, que não teria como chegar ao trabalho, em Pinheiros. “Eu levo quase duas horas para ir trabalhar, não tinha o que fazer.”

Surpresa

As linhas afetadas atendem a 90% dos cerca de 2,8 milhões de passageiros que utilizam diariamente o metrô. A situação pegou muita gente de surpresa, já que a greve foi deflagrada no fim da noite de quarta (22/3).

Diante disso, muita gente teve de pegar transporte por aplicativo para chegar ao trabalho nesta manhã. “Hoje está com bem mais trânsito que o normal. Já peguei algumas corridas com gente que não estava sabendo da greve e foi pega de surpresa”, relatou o motorista de aplicativo Marco Silva.

A CET registra mais de 700 km de congestionamento. Por conta da greve dos metroviários, a prefeitura suspendeu o rodízio de veículos de passeio e reforçou linhas de ônibus.

“Me afetou bastante. Me atrasou muito. Estou muito acostumada com o trajeto. Já avisei ao grupo do trabalho que vou atrasar. Não tenho nem ideia da hora que vou chegar, não sei como está o trem”, disse a atendente Juliana Lago, que precisa ir da Barra Funda, na zona oeste, até a zona norte da cidade.

Liliane de Almeida, que é vendedora, também tomou conhecimento sobre a greve somente quando chegou à estação. Ela disse que ainda não sabia como faria para comparecer ao trabalho, na zona leste.

“Vou para o Tatuapé, mas não sei como. Estou avisando agora meu chefe que vou atrasar”.

O casal de estudantes Laura Pinheiro e Luis Felipe Fin veio de Toledo, no Paraná, para o festival Lollapalooza. Eles desceram no terminal Barra Funda e se depararam com a paralisação no metrô. Eles buscavam informações sobre alternativas para chegar à Granja Julieta, na zona sul, onde vão se hospedar.

“É nossa primeira vez em São Paulo, estamos perdidos. O pessoal aqui falou para ir de trem, mas a gente não tem ideia de como faz, não conhecemos”, disse Laura.

Reforço nas linhas

A Prefeitura anunciou a suspensão do rodízio de veículos nesta quinta e disse que ônibus do Paese vão auxiliar os passageiros.

Entre as reivindicações do Sindicato dos Metroviários, estão o pagamento de débitos pendentes, o fim das terceirizações e a abertura de concurso público. Eles também se posicionam contra o aumento da tarifa.

“Está feito o desafio: governador Tarcísio e direção do Metrô, liberem as catracas para não prejudicar a população durante a greve dos metroviários de São Paulo”, afirma o sindicato.

Linhas prolongadas

Metrô Tucuruvi – Praça do Correio (circular)
Metrô Santana – Praça do Correio (circular)

Reforço de linhas

As linhas abaixo tiveram suas frotas reforçadas, por operarem em trechos estratégicos para a cobertura dos eixos metroviários.

– 175T/10 Metrô Santana – Metrô Jabaquara
– 175P/10 Metrô Santana – Ana Rosa
– 2104/10 Metrô Santana – Term. Pq. D. Pedro II
– 5290/10 Div. de Diadema – Term. Pq. D. Pedro II
– 5106/10 Jd. Selma – Largo São Francisco
– 574A/10 Americanópolis – Largo do Cambuci
– 118C/10 Jd. Pery Alto – Metrô Santa Cecília
– 9300/10 Term. Casa Verde – Term. Pq. D. Pedro II
– 107T/10 Metrô Tucuruvi – Term. Pinheiros
– 208V/10 Term. A.E. Carvalho – Term. Pq. D. Pedro II
– 1177/10 Term. A.E. Carvalho – Luz
– 233A/10 Jd. Helena – Term. Vila Carrão
– 4310/10 ET Itaquera – Term. Pq. D. Pedro II

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