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Governo de SP instala app em celulares de professores sem autorização

Aplicativo Minha Escola SP foi instalado em celulares de uso pessoal; deputado do Psol acionou MPSP contra medida

atualizado

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1 de 1 imagem mostra montagem de publicações no twitter sobre instalação de aplicativo em celulares de professores - metrópoles - Foto: Reprodução Redes Sociais

São Paulo – Professores da rede estadual de São Paulo afirmam que a Secretaria Estadual da Educação instalou um aplicativo nos celulares pessoais deles sem autorização. O app “Minha Escola SP” teria sido instalado nos aparelhos entre a noite desta terça-feira e a manhã desta quarta-feira (9/8).

“Alguns relataram que começou na noite de ontem [terça (8/8)]. Eu percebi hoje pela manhã. O que nós desconfiamos é que todos aqueles que têm o chip do governo receberam a instalação automática”, afirma um coordenador pedagógico em entrevista ao Metrópoles. Ele preferiu não se identificar.

Durante a pandemia, o governo de São Paulo entregou chips de celular para professores e alunos com o objetivo de viabilizar as aulas no período de isolamento social.

Apesar da suspeita inicial, no entanto, outro professor ouvido pela reportagem do Metrópoles também teve o aplicativo instalado, apesar de não utilizar o chip institucional.

“Eu recebi o aplicativo no meu chip pessoal”, diz o educador, que também preferiu não se identificar.

Profissionais também reclamaram da situação nas redes sociais. “Que história é essa de instalarem um aplicativo no meu celular particular, sem minha autorização, Secretaria Estadual da Educação? App ‘Minha Escola SP’ amanheceu instalado nos celulares de quase todos os professores da minha escola, à nossa revelia!”, criticou um dos educadores no Twitter.

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O app “Minha Escola SP” foi lançado em 2018 e é voltado para os alunos da rede estadual e seus responsáveis. O programa reúne informações como o boletim escolar dos estudantes, além de dados sobre o histórico de matrículas e o número de contato da escola.

O deputado estadual de São Paulo Carlos Giannazi (Psol) chamou o caso de “uma violação inaceitável à privacidade e à segurança tecnológica” e disse que acionou o Ministério Público de São Paulo contra a medida.

“Não se sabe se o aplicativo foi desenvolvido pela Seduc, nem como se deu a autorização para a instalação impositiva nos aparelhos”, afirma o deputado em comunicado nas redes sociais.

Nos comentários da publicação feita por Giannazi, diversos professores afirmam que notaram a instalação.

Uma educadora da rede diz que desinstalou o aplicativo e teve a conta de e-mail institucional bloqueada em seguida. Outros professores afirmam que não usam o chip do governo do estado e mesmo assim também tiveram o app instalado.

Em nota ao Metrópoles, a Secretaria da Educação afirmou que instaurou um processo administrativo para apurar as circunstâncias relativas à instalação involuntária do aplicativo Minha Escola. Segundo a pasta, a falha ocorreu durante um teste promovido pela área técnica da secretaria.

“Assim que identificou o equívoco que levou à instalação do app em dispositivos conectados às contas Google institucionais, a reversão foi acionada com o envio de solicitações para exclusão do aplicativo. O usuário também pode excluir o app por conta própria, se preferir”, diz o texto da secretaria.

A pasta afirma ainda que “lamenta o ocorrido” e reforça que as medidas cabíveis estão sendo adotadas.

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