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Ex de Rina renunciou a comando na Bola de Neve em acordo de divórcio

Pastora Denise Seixas aceitou deixar cargo de vice-presidente da Igreja Bola de Neve quando se divorciou do apóstolo Rina, morto neste mês

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Defesa de Rina alega que documento vazado em velório era minuta de pedido de renúncia formulada com aval da pastora Denise em agosto - Metrópoles
1 de 1 Defesa de Rina alega que documento vazado em velório era minuta de pedido de renúncia formulada com aval da pastora Denise em agosto - Metrópoles - Foto: Reprodução/ redes sociais

São Paulo A pastora Denise Seixas, ex-mulher do fundador e líder da Igreja Bola de Neve, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, aceitou deixar o cargo de vice-presidente da instituição em agosto deste ano, no acordo de divórcio entre os dois.

O documento foi assinado quase três meses antes da morte de Rina, no dia 17 de novembro, em um acidente de moto na Rodovia Dom Pedro I, em Campinas, interior paulista. Durante o velório dele, uma minuta da renúncia que não estava assinada por Denise causou uma confusão entre familiares e membros da igreja, em meio a uma disputa pelo comando da Bola Neve.

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A cantora gospel Denise Seixas
O pastor Rinaldo Luiz de Seixas Pereira é líder e fundador da Igreja Bola de Neve
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O acordo de divórcio, ao qual o Metrópoles teve acesso, mostra, contudo, que Denise havia concordado, no dia 27 de agosto, em renunciar seu cargo como vice-presidente da Bola de Neve, permanecendo com o título de cofundadora e o cargo de pastora, recebendo uma remuneração de R$ 10 mil por mês, além do plano de saúde da igreja.

“Em relação à estrutura e participação na organização religiosa Igreja Evangélica Bola de Neve, Denise renuncia, a partir da assinatura do presente acordo, seu cargo como vice-presidente, permanecendo com o título de cofundadora e com o cargo de pastora”, diz uma das cláusulas do acordo, no item sobre “partilha de bens do casal”.

Durante o velório, a minuta da renúncia de Denise provocou uma confusão em uma das salas da administração da igreja, na Lapa, zona oeste de São Paulo. A pastora disse que queriam que ela assinasse o documento sem ter lido antes.

Em nota, a Igreja Bola de Neve afirmou que o papel vazado no velório estava dentro de um envelope, onde estavam arquivados outros documentos da rotina administrativa da igreja, dentre eles, a minuta do pedido de renúncia, “formulada com o consentimento da pastora Denise Seixas, no momento em que renunciou à vice-presidência”.

Ainda segundo a igreja, o envelope com todos os documentos foi “arrancado da mão da prestadora de serviços pelo pai de Denise”. O pedido não teria sido entregue à pastora no dia do velório, “em respeito ao clima de tristeza e consternação dos membros da Bola de Neve e da família do Apóstolo, e igualmente pelo fato de que ela já havia renunciado”.

Em nota ao Metrópoles, a defesa de Denise Seixas afirma que as partes não formalizaram o divórcio, estando apenas separadas de fato: “Ressalta-se que a referida minuta nunca foi levada ao Judiciário, e as partes estavam discutindo a possibilidade de uma reconciliação”.

O texto diz ainda que uma minuta de divórcio não pode tratar da administração da Igreja Bola de Neve, uma associação sem fins lucrativos que não pertence a nenhuma pessoa específica, mas sim à coletividade de seus fiéis.

Segundo o documento, “conforme dispõe o artigo 16 do estatuto da associação, na ausência do presidente da Igreja, o vice-presidente assume automaticamente o cargo. Seguindo essa norma estatutária, na data de hoje, a Sra. Denise compareceu à sede da Igreja para iniciar suas atividades como presidente em exercício”.

A defesa de Denise Seixas encerra afirmando que ela está “comprometida em dar continuidade ao trabalho realizado pelo Pastor Rina, com quem compartilhou 24 anos de união e construiu uma trajetória marcada pelo amor e pela devoção a Deus”.

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