metropoles.com

Enel tem que responder consumidor em até 1 minuto, decide TJSP

Decisão liminar fixa prazo máximo de 60 segundos para o contato do cliente em canais da Enel e de 30 minutos para o atendimento presencial

atualizado

Compartilhar notícia

Vinicius Schmidt/Metrópoles
Subestação de energia elétrica da ENEL - Trabalhadores da ENEL - Energia Eletrica
1 de 1 Subestação de energia elétrica da ENEL - Trabalhadores da ENEL - Energia Eletrica - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

São Paulo — O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou, nessa quinta-feira (11/4), a decisão que obriga a distribuidora Enel a reduzir suspensões de energia e a atender os consumidores com rapidez. A concessionária havia apresentado recurso contra a determinação e não teve o pedido atendido.

A Enel é responsável pela distribuição de energia em 24 cidades do estado de São Paulo, afetando mais de 17 milhões de habitantes.

Com a decisão, fica mantida à empresa a determinação de prestar atendimento ao consumidor de forma adequada, mesmo em dias críticos e situações de emergência, observando prazos para atendimento e resposta.

A liminar, concedida em ação ajuizada pela Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital e Defensoria Pública, fixa prazo máximo de 30 minutos para o atendimento presencial aos consumidores, de 60 segundos para o contato direto do consumidor com o atendimento humano via canais da Enel e também de 60 segundos para respostas via aplicativos de mensagens, como o WhatsApp.

Os clientes devem ser informados de maneira individualizada sobre a previsão de restabelecimento do fornecimento de energia. A informação dos índices de qualidade de prestação do serviço deve estar também divulgada no site da Enel e nas contas.

Todas as exigências devem ser atendidas a partir deste mês. Caso descumpra o estabelecido pela Justiça, a empresa estará sujeita a multas que variam de R$ 100 a R$ 250 mil.

Ao Metrópoles, a Enel Distribuição São Paulo afirmou entender que “a decisão invade a competência privativa da União e da Aneel de legislar e regular a prestação do serviço de distribuição de energia elétrica. A companhia vai recorrer da decisão”.

Multas milionárias

Na última terça-feira (9/4), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter uma multa de R$ 165 milhões aplicada contra a Enel São Paulo por falhas no restabelecimento de energia em São Paulo após um temporal ocorrido em 3 de novembro do ano passado.

A agência considerou que os eventos climáticos adversos (veja galeria abaixo) justificam o início das interrupções no fornecimento de energia elétrica, no entanto, não eximem a distribuidora de sua responsabilidade de restabelecer o serviço de forma rápida e eficaz.

0

A Enel também foi condenada pela Justiça de São Paulo a indenizar clientes que ficaram longos períodos sem energia durante o apagão de novembro de 2023. Em três casos diferentes, a empresa alegou que a interrupção foi provocada pelas chuvas, mas os juízes decidiram que cabe danos morais de R$ 5 mil pela demora em restabelecer o serviço.

Em uma das ações, uma cliente que ficou quase uma semana sem fornecimento de energia vai receber R$ 5 mil por danos morais, mais R$ 350 por danos materiais pela Enel.

Ainda pelo apagão de novembro de 2023, o Procon-SP multou a Enel em quase R$ 13 milhões, por diversas infrações ao Código de Defesa do Consumidor.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?