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Com Tabata, PSB de SP anuncia equidade de gênero em eleições de 2024

Anúncio do PSB vai na contramão da PEC da Mulher, que tramita na Câmara e busca reduzir cota de 30% para candidaturas femininas

atualizado

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Juliana Arreguy / Metrópoles
imagem colorida mostra deputada federal tabata amaral em evento do psb. ela veste um terno azul marinho e blusa e calça branca. tabata é branca e tem os cabelos castanhos . metópoles
1 de 1 imagem colorida mostra deputada federal tabata amaral em evento do psb. ela veste um terno azul marinho e blusa e calça branca. tabata é branca e tem os cabelos castanhos . metópoles - Foto: Juliana Arreguy / Metrópoles

São Paulo — Com a presença da deputada federal Tabata Amaral, que pretende se candidatar à Prefeitura no próximo ano, o PSB paulista lançou, na manhã deste sábado (16/9), uma resolução que prevê equidade de gênero nas eleições municipais de 2024.

“A gente vai liderar pelo exemplo aqui em São Paulo. Vocês não têm ideia da chapa que a gente está construindo. Tenho um compromisso com a diversidade”, afirmou Tabata.

O anúncio foi feito durante o evento “Por Elas”, organizado pelo PSB Mulher na Assembleia Legislativa (Alesp).

“Queremos chapas meio a meio em participação de homens e mulheres nas eleições do ano que vem. No PSB de São Paulo, isso será realidade. É um compromisso do nosso partido, uma pauta de cidadania que não pode mais ser adiada”, disse Lúcia França na abertura do evento.

Lúcia — que foi vice de Fernando Haddad (PT) na chapa derrotada ao governo paulista em 2022 — citou o fato de ser conhecida pelo seu casamento com o ex-governador e ministro Márcio França (Empreendedorismo) como exemplo do tratamento que a mulher recebe na política.

“Apesar de anos militante de um mesmo partido, eu era conhecida como a esposa de um político”, disse Lúcia, que relata ter um histórico de militância há 40 anos e foi uma das idealizadoras da resolução lançada pela ala paulista do PSB.

A iniciativa foi anunciada na contramão da PEC das Mulheres, que tramita na Câmara dos Deputados e mira a redução dos 30% de cota para candidaturas femininas nas eleições.

“Isso é imoral, é vergonhoso e não pode passar”, disse a deputada estadual Andrea Werner, também presente no evento.

PSB mira Prefeitura de SP com Tabata

Durante a convenção, foram apresentados dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que mostram que ao menos 900 cidades do país não têm nenhuma vereadora mulher — 101 delas apenas no Estado de São Paulo.

Para o próximo ano, o PSB mira a candidatura de Tabata à Prefeitura paulistana. Internamente, a ala paulista do partido também vê na deputada um bom palanque eleitoral para atrair votos para candidaturas à Câmara Municipal de São Paulo.

Até o momento, Tabata é a única pré-candidata mulher e deve disputar o pleito contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e os deputados federais Guilherme Boulos (PSol-SP) e Kim Kataguiri (União Brasil-SP).

Dos três pré-candidatos homens, apenas Boulos manifestou publicamente o interesse em contar com uma vice mulher em sua chapa. O PT, que tem um acordo para indicar a vice, estuda lançar ou a deputada federal Juliana Cardoso ou Ana Estela Haddad, secretária de Saúde Digital do Ministério da Saúde e mulher de Fernando Haddad.

Críticas à reforma ministerial

O governo Lula (PT) foi alfinetado em alguns momentos por militantes do partido. Conforme noticiado pelo Metrópoles, o antipetismo cresceu no PSB desde que a reforma ministerial escanteou um dos caciques pessebistas, Márcio França, para acomodar nomes do Centrão no Ministério dos Portos e Aeroportos.

Entre as mulheres, também repercutiu mal a saída de Ana Moser do Ministério dos Esportes — o cargo ficou com o deputado André Fufuca (PP-MA).

O evento deste sábado também contou com a presença da atriz e ativista Lucélia Santos, que foi candidata a deputada federal pelo PSB nas eleições de 2022.

Enviaram vídeos de apoio à convenção as ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Cida Gonçalves (Mulheres) e Nísia Trindade (Saúde), além da deputada estadual Marina Helou (Rede) e Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

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