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Bolsonaro chama Lula de “jumento” e fala em “movimento de rua” por presos no 8/1

Ex-presidente Jair Bolsonaro atacou o presidente Lula em evento do PL em SP e pediu “liberdade para o pessoal que está lá”

atualizado

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Bruno Ribeiro/Metrópoles
Imagem colorida de Jair Bolsonaro, de jaqueta preta, no alto de um púlpito no palco de um dos salões da Câmara Municipal de SP - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Jair Bolsonaro, de jaqueta preta, no alto de um púlpito no palco de um dos salões da Câmara Municipal de SP - Metrópoles - Foto: Bruno Ribeiro/Metrópoles

São Paulo — Em discurso no qual chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “analfabeto” e “jumento”, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) citou nesta terça-feira (25/7) a possibilidade de participar de “um movimento de rua” organizado por seus apoiadores para pedir a solutura dos presos pelos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília.

As declarações de Bolsonaro foram feitas para uma plateia de bolsonaristas e membros do PL da capital paulista em evento de filiação do vereador paulistano Fernando Holiday, ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL), ao partido, na Câmara Municipal de São Paulo.

Diante de um auditório lotado, Bolsonaro citou casos de perseguição a padres na Nicarágua, comandada por uma ditadura de esquerda, e em outros países latinos para dizer que, no Brasil, o “sistema” havia optado por impedir que ele se elegesse novamente presidente da República.

“Aqui, o sistema resolveu se antecipar. Vamos tornar o cara (ele) inelegível. Agora, o que torna inelegível? Você tem que ter feito alguma coisa. ‘Ah, reuniu-se com embaixadores.’ A Dilma se reuniu em 2016 e pediu apoio contra o impeachment”, disse Bolsonaro. Ele disse que preferia ir à praia do que voltar à Presidência, mas que encararia o trabalho como uma “missão”.

O ex-presidente mencionou também as cerca de 250 pessoas presas desde janeiro, acusadas de participação nos atos de vandalismo que depredaram as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Palácio do Planalto e do Congresso, em 8 de janeiro. Ele questionou a prisão de dois de seus assessores e do seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel do Exércio Mauro Cid.

“Não vamos nos esmorecer”, disse Bolsonaro ao público. “Ninguém vai pedir para que ninguém faça nada que ia colocá-lo em risco”, afirmou, ao comentar possíveis reações a esse cenário. Em seguida, ele complementou.

“Se se falar em movimento de rua, se tiver um dia, tem que ser para pedir a liberdade do pessoal que está lá. Todas as pessoas que estão presas já há dias, de forma covarde”, disse o ex-presidente.

“Jumento”

Ao longo de sua fala, Bolsonaro também fez referências a riquezas naturais pertencentes ao Brasil e à Amazônia, e disse que seu governo vinha adotando ações que buscavam desenvolver o país de forma autônoma. Segundo Bolsonaro, o governo Lula vem adotando ações equivocadas na defesa desses recursos.

“(Aos países do norte,) Interessa eu ou um entreguista na Presidência da República? Um analfabeto. Um jumento, por que não dizer assim?”, questionou Bolsonaro, em referência a Lula.

“Jumento” foi uma expressão que o vereador Fernando Holiday já havia usado para se referir a Bolsonaro. Em sua fala no evento, de cerca de cinco minutos, o ex-integrante do MBL pediu desculpas e disse que havia errado no passado.

Bolsonaro também fez uma crítica indireta a um dos principais auxiliares do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu afilhado politico.

O ex-presidente disse que, quando governou, preencheu os quadros de seus ministérios com nomes técnicos, e citou o ex-ministro de Ciência e Tecnologia e atual senador, Marcos Pontes (PL-SP), como um exemplo.

Sem citar nominalmente o secretário de Governo de Tarcísio, Gilberto Kassab (PSD), de quem Pontes herdou o cargo, Bolsonaro disse que o “antecessor” de seu ministro não sabia “a diferença de gravidade e gravidez”.

Bolsonaro também fez críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao criticar a reforma tributária, aprovada há três semanas, da qual ele foi contra.

Bolsonaro citou as discussões, em curso, para taxação de heranças, e afirmou que Haddad teria dito que herdeiros eram “parasitas” – frase que o ministro não disse. “Logo ele, que nunca trabalhou na vida”, afirmou Bolsonaro.

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