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Após sofrer discriminação, estudante de 44 anos recebe flores de colegas

Patrícia Linares recebeu manifestações de carinho de outros estudantes, após ter sido alvo de deboche de três colegas de sala

atualizado

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Universitária com mais de 40 anos recebeu carinhos dos colegas após ter sido alvo de deboche
1 de 1 Universitária com mais de 40 anos recebeu carinhos dos colegas após ter sido alvo de deboche - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – Após sofrer discriminação de três colegas de sala, a universitária Patrícia Linares, de 44 anos, foi surpreendida com flores e chocolate em sala de aula. O presente veio de outros estudantes do curso de Biomedicina da Unisagrado, faculdade particular de Bauru (SP) onde estuda.

“O que são esses veteranos? Gigantes! E eu? Muito sortuda por estar rodeada de amor”, escreveu Patrícia no Instagram, neste domingo (12/3).

A surpresa ocorreu na própria sexta-feira (10/3), horas após viralizar um vídeo no qual três colegas de Patrícia zombam do fato de ela ter mais de 40 anos e estar cursando uma graduação. “Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade. Eu tenho essa opinião”, disse uma das universitárias.

O trio debochou da idade de Patrícia. Disse que ela já deveria ter se aposentado, pois não sabia o que era o Google. As estudantes foram acusadas de etarismo, nome dado ao preconceito e discriminação em relação a pessoas mais velhas.

O caso ganhou repercussão na web e Patrícia foi presenteada por alunos que se revoltaram com as atitudes do trio. Ela divulgou nas redes sociais fotos junto de outros estudantes e chamou algumas colegas de sala mais jovens de “filhinhas de turma”.

Revolta

Segundo o portal g1, o vídeo foi inicialmente publicado no “close friends” do Instagram, espaço reservado apenas a seguidores selecionados pelo perfil que faz a divulgação. O conteúdo foi replicado para fora da bolha e viralizou nas redes.

A sobrinha de Patrícia, a psicóloga Beatriz Linares, 23 anos, criticou as três e contou a história da tia, que sempre trabalhou e adiou os estudos para ajudar a cuidar das irmãs mais novas.

A Unisagrado também divulgou uma publicação nas redes sem citar o caso diretamente, mas afirmando não compactuar com “qualquer tipo de discriminação” e que “aprendemos a vida toda”.

“As oportunidades não são iguais para todo mundo em todos os momentos da vida. Sabemos, por exemplo, que os pais muitas vezes abrem mão da sua formação para oferecer as melhores oportunidades para seus filhos e, somente depois, optam por se profissionalizarem”, diz a postagem.

O Metrópoles não conseguiu contato com nenhuma das três universitárias que aparecem no vídeo. O espaço está aberto para manifestações.

 

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