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Alceu encanta Anhangabaú na tarde de domingo cinza da Virada Cultural

Alceu Valença cantou seus sucessos no penúltimo show do palco principal da Virada Cultural, em um Anhangabaú chuvoso e com pouco público

atualizado

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William Cardoso/Metrópoles
Alceu Valença canta diante do público da Virada Cultural no Vale do Anhangabaú
1 de 1 Alceu Valença canta diante do público da Virada Cultural no Vale do Anhangabaú - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — Um Anhangabaú molhado recebeu Alceu Valença para o penúltimo show do palco principal da Virada Cultural de 2023 na tarde deste domingo (28/5), na região central de São Paulo. Mais uma vez, a arena ficou vazia, na comparação com outros eventos realizados no vale, mas quem compareceu fez valer cada minuto sob a chuva.

Como a água não deu trégua e os pingos até engrossaram no decorrer do show, o próprio Alceu chamou o público para acompanhá-lo até a lua, numa fuga da cinzenta São Paulo de fim de outono. Foi a senha para tocar “Táxi Lunar”, que a plateia acompanhou em coro, como se estivesse à beira-mar, como diz a canção.

Dia cinzento nenhum faria o casal Renato Namura, de 40 anos, e Andrea Neris, 44, ficarem em casa em Embu das Artes (Grande SP). Ainda mais com Alceu tocando no Anhangabaú. De quebra, ainda trouxeram o filho Raoni, de apenas 20 dias, protegido por uma manta sob o guarda-chuva dos pais.

“Se Deus quiser, ele também vai ser músico”, disse Namura, que também é artista profissional em múltiplas formas, toca e se envolve em apresentações relacionadas à ecologia. A mãe é atriz.

O tempo fechado, o público relativamente pequeno e a presença ostensiva da Polícia Militar contribuíram para, ao menos no interior da arena, o clima ser de relativa tranquilidade.

“Senti que ficou mais seguro por causa do corredor e da revista que fizeram antes de entrarmos”, afirmou a coordenadora de eventos Adriana dos Anjos, de 48 anos. Neste ano, a PM usou detectores de metal. Na edição anterior da Virada, a falta de segurança foi criticada pelo público.

Já a advogada aposentada Maria Margarida Patrício, de 65 anos, esqueceu por alguns instantes o coração da selva de pedra onde estava —um vale de concreto—, e, ouvindo Alceu, teve sensação de viver em cenário mais bucólico. “Parece que estou numa praça no interior”, afirmou, com guarda-chuva sobre a cabeça, dizendo-se se sentir segura.

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