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Do superendividamento à poupança: 5 passos para sair do aperto

Uso recorrente do cheque especial ou do crédito rotativo são sinais de alerta. Algumas atitudes podem ajudar a resolver o problema

atualizado

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Você é daquelas pessoas que frequentemente começam o mês faltando salário? Saiba que não está só. Segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), mais de 60% das famílias brasileiras estão endividadas. Os principais vilões do orçamento são dois velhos conhecidos dos consumidores: o cartão de crédito (em 76,7% dos casos) e o cheque especial – justamente as opções com as maiores taxas de juros do mercado.

Segundo a instrutora de Educação Financeira do Banco de Brasília (BRB), Isabella Costa, todas as pessoas têm algum nível de endividamento. “Dívida é todo compromisso financeiro que você possui com um terceiro, não apenas com o banco. E isso não é um problema. O problema é quando há o superendividamento, ou seja, quando os gastos mensais são maiores do que a renda líquida, o valor que efetivamente entra na conta”, explica.

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
Para a economista Isabella Costa, o planejamento é a chave para uma boa saúde financeira

 

Os principais sinais para identificar o superendividamento são: uso recorrente do cheque especial ou do crédito rotativo. Outro comportamento que demonstra atenção para o problema é a constante contratação de empréstimos para cobrir os buracos.

A economista do BRB aponta os caminhos para sair do vermelho, confira:

Quanto guardar?

Segundo os especialistas, o ideal é poupar 30% do salário todos os meses. Mas, calma. Você pode começar com pouco e aumentar o percentual progressivamente. Segundo os especialistas, o mais importante é adquirir o hábito de poupar. “Todos os meses, você deve determinar um valor e já separar esse dinheiro logo depois de pagar as contas”, diz Isabella.

O primeiro passo é começar um fundo de emergência para eventuais perdas salariais. Trabalhadores que têm carteira assinada, função de confiança, gratificação ou são autônomos devem ter uma reserva equivalente a seis meses de salário, uma vez que em caso de descomissionamentou ou desemprego esse fundo ajudará a quitar as despesas fixas até que as contas se adaptem ao novo padrão de consumo. Os demais profissionais, um pouco menos.

A partir daí, a dica é ter objetivos. Pode ser uma viagem, um carro, aposentadoria, intercâmbio, etc. Com as metas, é possível definir valores e prazos para realizá-las.

Vender bens, sim ou não?

Agir por impulso sai mais caro. Antes de abrir mão de um patrimônio, é preciso tentar, de fato, todos os cinco passos. “Eu já tenho uma fonte alternativa de renda, a família está ajudando de todas as formas e a minha dívida continua aumentando, aí sim é hora de reavaliar os meus bens”, finaliza a educadora financeira.

O BRB disponibiliza gratuitamente uma planilha de controle financeiro, confira. Para conhecer todas as opções de crédito para você ou sua empresa, acesse portal.brb.com.br ou entre em contato pela Central de Atendimento: 3322-1515.

 

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