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Obras iniciam regularização em Vicente Pires

RA vai receber R$ 467 milhões para serviços de infraestrutura. GDF anuncia venda direta dos terrenos

atualizado

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Depois de sofrer desgaste com a derrubada de 19 construções irregulares em Vicente Pires, o governo sinalizou na manhã desta terça (8) o início das obras de urbanização em alguns pontos dessa cidade. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), assinou duas ordens de serviço para intervenções de drenagem pluvial, pavimentação asfáltica e calçadas. O GDF promete investir R$ 467 milhões em quatro glebas da região. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Cerca de R$ 400 milhões são financiados pela Caixa Econômica Federal e R$ 69 milhões, de contrapartida do governo do DF.

As duas primeiras obras serão para os lotes 6 e 7, na Gleba 3. Na primeira etapa, o investimento é de R$ 68,4 milhões. Segundo o GDF, serão entregues 27,3 quilômetros de rede de drenagem, 291 mil metros quadrados de pavimentação e 152 mil metros quadrados de calçada.

Com mais de mil residências, o setor teve o projeto urbanístico aprovado pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan), na última sexta-feira (4/9). Os terrenos serão vendidos aos ocupantes por venda direta, após avaliação que será feita pela Terracap.

O secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago Andrade, afirmou que a regularização e urbanização de outras glebas de Vicente Pires, Arniqueiras e o Setor de Indústrias Bernardo Sayão, no Núcleo Bandeirante, ocorrerão até o fim de 2015.

Chácaras
A previsão do governo de reduzir o terreno dos chacareiros que ocupam áreas maiores que 40 mil metros quadrados na região revoltou alguns moradores durante o evento. O processo de regularização prevê que 10% de cada gleba seja destinada a equipamentos públicos. Esta porcentagem será composta por hectares das grandes chácaras remanescentes. De acordo com o vice-governador e administrador interino de Vicente Pires, Renato Santana (PSD), “a área máxima permitida será de 2,5 mil metros quadrados”.   

Produtora rural em Vicente Pires há 30 anos, Marina Monteiro se sente sacrificada. “Nós protegemos essa área. Era para ser dividida em vários lotes e não deixamos. Se formos deslocados para outro lugar, como quer o governo, vamos perder toda a produção”, lamentou. O presidente da Associação de Moradores de Vicente Pires (Amovipe), Gilberto Camargos, afirmou que pedirá na Justiça a anulação do projeto urbanístico. Ele defende que um novo documento comece a ser elaborado do zero.

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