Parada gay de Ceilândia espera reunir 8 mil até o fim da noite
Concentração começou por volta das 15h no estacionamento do BRB e os participantes vão percorrer a via M1 até a Hélio Prates atrás de um trio elétrico
atualizado
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O sol escaldante e a alta temperatura não foram suficientes para desanimar os participantes da 7ª Parada do Orgulho LGBT de Ceilândia. “Tenha bom humor e sorria, porque não tem como escapar dele (o calor)”, diz a transexual Cristina enquanto retoca a base do rosto e arruma o pesado vestido preto.
A concentração começou por volta das 15h, no estacionamento do BRB, na avenida M1, centro de Ceilândia. Duas horas depois, cerca de 200 pessoas já dançavam ao som de um trio elétrico que dispara remixes de sucessos pop sem parar. “Tá quente, mas temos que comemorar a vitória de podermos nos expressar”, diz Pepa, enquanto arruma a faixa alegórica de Miss Simpatia 2015.
A expectativa dos organizadores é de que até o fim da noite o evento reúna 8 mil pessoas — a mesma quantidade de participantes de anos anteriores. O presidente da parada, Allyson Prata, afirma que a festa é também um momento de conscientização política. “Queremos alertar os jovens para que nunca cedam seus direitos de ser feliz e de montar uma família”, explica.
Michael Melo/Metrópoles
A Miss Simpatia 2015, Pepa
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Pausa para uma selfie
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Conscientização política não exclui fantasia
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Calor não tira ânimo dos participantes
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Concentração começou às 15h
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Nas primeiras horas, 200 pessoas já se reuniam
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O presidente da parada, Allyson Prata: palavras de ordem
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Cristina recomenda bom humor para enfrentar o calor
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A deputada Érika Kokay (PT-DF) participou do início da parada
No alto do trio, com microfone na mão, as palavras de ordem eram contra o Estatuto da Família, aprovado em uma comissão da Câmara dos Deputados no dia 24 de setembro passado. “Temos que defender todos os tipos de família que existem”, gritou Prata, sob aplausos dos participantes do evento.
A deputada Érika Kokay (PT-DF) também participou da parada e concorda com a abordagem política do evento. “Vivemos um momento em que há uma bancada fundamentalista se formando”, diz. “Buscam destruir a liberdade de expressão que os LGBT conseguiram a duras penas e não podemos permitir isso”.
Até meia-noite, será proibida a circulação de carros em um trecho da M1, que vai do Fórum da Região Administrativa até o cruzamento da M1 com a avenida Hélio Prates. A parada vai percorrer esse percurso e depois voltar ao ponto de concentração.
Na Hélio Prates, a faixa central será ocupada pelo trio elétrico a partir das 18h enquanto o público poderá ocupar, também, a faixa esquerda. O Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) deslocou 28 agentes e 14 viaturas para acompanharem o evento.
