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“Preciso entender melhor”, diz Haddad sobre declaração de Campos Neto

Campos Neto teria dito a investidores que chance de reduzir o atual ritmo de cortes de juros no Brasil é maior do que de aumentá-lo

atualizado

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Imagem de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, falando ao microfone. Ele veste um terno azul, camisa branca e gravata branca. Ao fundo, um painel azul - Metrópoles
1 de 1 Imagem de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, falando ao microfone. Ele veste um terno azul, camisa branca e gravata branca. Ao fundo, um painel azul - Metrópoles - Foto: Flickr/Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (12/10), em entrevista coletiva em Marrakech (Marrocos), onde participa da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), que conversará com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sobre declarações do chefe da autoridade monetária a respeito do ritmo de corte da taxa básica de juros no Brasil.

Durante reunião com investidores, na quarta-feira (11/10), Campos Neto teria dito que a probabilidade de desaceleração do ritmo de queda da Selic, de 0,5 ponto percentual para 0,25 ponto percentual, era maior do que a chance de um aumento do ritmo de cortes para 0,75 ponto percentual.

A informação foi inicialmente publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Oficialmente, Campos Neto e o BC não confirmaram as declarações.

Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano, depois de duas reduções consecutivas de 50 pontos-base, em agosto e setembro.

“Eu não tive a oportunidade de conversar com ele (Campos Neto) ainda. Tem o contexto em que ele falou, eu preciso entender melhor. De várias formas ele pode ter dito isso. Inclusive, como uma forma de manter o propósito de que os cortes continuem no passo em que estão. Então, eu vou conversar com o Roberto”, disse Haddad.

Em seguida, o ministro brincou com os repórteres: “Vocês têm que perguntar para ele o que ele falou. Eu vou perguntar”.

Em mensagem ao FMI, Haddad afirmou que a redução dos juros no Brasil é “bem-vinda”.

“Com a melhoria dos resultados e das expectativas da inflação, o BC iniciou um ciclo gradual e bem-vindo de flexibilização da política monetária”, escreveu o ministro em documento apresentado ao órgão.

No Marrocos, Haddad também terá algumas agendas bilaterais e reuniões preparatórias para a organização da cúpula do G20, em 2024, da qual o Brasil será o anfitrião, depois de ter assumido a presidência do grupo neste ano. Segundo o Ministério da Fazenda, a viagem do ministro se estenderá até sábado (14/10).

A reunião anual do FMI conta com a participação de ministros da Economia e presidentes de bancos centrais de 189 países. Haddad deve tratar de temas como a cooperação econômica do Brasil com outros países e uma agenda sustentável, com destaque para o plano de transformação ecológica do país, apresentado recentemente.

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