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Planos de saúde têm 1,6 milhão novos de usuários em um ano

Nos serviços odontológicos, salto foi de 2,2 milhões no mesmo período. Entidade do setor atribui avanço à queda do desemprego no país

atualizado

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Agência Brasil
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1 de 1 ANS imagem colorida ans - Foto: Agência Brasil

Os planos de saúde registraram um crescimento de 1.638.397 de usuários em um ano, na comparação entre novembro de 2022 e o mesmo mês de 2021. O número equivale à população de uma capital brasileira como o Recife.

Em relação a outubro de 2022, o acréscimo foi 126.604 pessoas. No caso dos planos odontológicos, o salto anual foi de 2.239.090 (ou uma Manaus) e 259.739 entre novembro e outubro de 2022.

Com isso, os planos médico-hospitalares totalizaram 50.285.627 de usuários em novembro, quase um quarto da população brasileira. Já os serviços exclusivamente odontológicos têm 30.869.354 de beneficiários. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (5/1), pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

No contraste entre novembro de 2022 com o mesmo mês de 2021, o setor registrou aumento de usuários de planos de assistência médica em 24 estados. São Paulo, Minas Gerais e Paraná tiveram a maior evolução em números absolutos. Entre os odontológicos, as 27 unidades federativas registraram crescimento. O maior avanço ocorreu em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne as empresas do segmento, o resultado reflete, em grande medida, a redução das taxas de desemprego nos últimos meses no país. No terceiro trimestre de 2022, o indicador caiu de 12,1% para 8,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2021. Foi a menor taxa para o período desde 2014 (6,7%). Isso segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada em novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A FenaSaúde acrescenta que a crescente adesão aos planos “foi um movimento catalisado pela pandemia” e se manteve posteriormente. Uma pesquisa encomendada pela entidade, no fim de 2021, ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), aponta que o plano de saúde está entre os três principais principais itens de desejo do brasileiro. Só fica atrás da compra da casa própria e da realização de investimentos financeiros.

Mesmo com 25% da população brasileira coberta por serviços médico-hospitalares, a FenaSaúde acredita que há espaço para o setor crescer no Brasil. Ainda assim, nos últimos meses, o segmento registrou déficits constantes. O prejuízo anotado no terceiro trimestre de 2022 foi de R$ 5,5 bilhões.

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