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Planos de saúde lucram com investimentos, mas perdem com serviços

Setor registrou ganhos de R$ 2 bilhões no primeiro semestre. Mas o resultado veio de aplicações financeiras. A operação deu prejuízo

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Adam Berry/Getty Images
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1 de 1 imagem colorida medido planos de saúde - Foto: Adam Berry/Getty Images

As operadoras de planos de saúde registraram um lucro líquido de R$ 2 bilhões, no primeiro semestre deste ano. Esse resultado equivale a cerca de 1,3% da receita total acumulada, que chegou a quase R$ 154 bilhões. Isso quer dizer que, para cada R$ 100,00 de receitas, o setor obteve R$ 1,3 de lucro. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (1º/9) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

No primeiro semestre, todo o setor apresentou resultados positivos. As administradoras de benefícios registraram lucro de R$ 260,6 milhões; as operadoras exclusivamente odontológicas, de R$ 327,4 milhões; e as médico-hospitalares, de R$ 1,46 bilhão, revertendo, nesse caso, prejuízo de R$ 691,6 milhões, registrado no mesmo período do ano passado.

As operadoras médico-hospitalares, o principal segmento desse ramo, porém, fecharam o semestre com resultado operacional negativo de R$ 4,3 bilhões. Esse prejuízo só foi compensado pelo resultado financeiro recorde de R$ 5,9 bilhões. Ele foi obtido principalmente por meio da remuneração de aplicações financeiras, que acumularam ao final do período quase R$ 105,7 bilhões.

O principal indicador que explica o desempenho das nas operadoras médico-hospitalares continua sendo a sinistralidade, que fechou o semestre em 87,9% (cerca de 0,9 ponto percentual abaixo da apurada no mesmo período do ano anterior). Esse índice mede qual parcela das receitas provenientes das mensalidades é consumida pelas despesas assistenciais.

“Estamos vendo que a rentabilidade das operadoras está vindo, de maneira geral, do rendimento das operações financeiras”, diz o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANP, Jorge Aquino. “Essa situação não é desejável, afinal, a operação do plano deve ser sustentável por si só. Então as operadoras precisam rever sua gestão e analisar onde podem melhorar”,

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