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O “efeito Mercadante” sobre as ações do Banco do Brasil

Ações do Banco do Brasil acentuam queda após anúncio de que Aloizio Mercadante presidirá o BNDES; investidor vê riscos para bancos públicos

atualizado

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Reprodução/Direção Concursos
Banco do Brasil agência (1)
1 de 1 Banco do Brasil agência (1) - Foto: Reprodução/Direção Concursos

As ações do Banco do Brasil negociadas na Bolsa de Valores fecharam o dia em queda de mais de 4%, na pior cotação em mais de seis meses.

Os investidores reagiram à indicação de Aloizio Mercadante para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição que, assim como o BB, é controlada pelo governo federal.

A nomeação de Mercadante para o BNDES foi anunciada por Lula na tarde desta terça-feira (13/12), durante evento de agradecimento aos grupos de trabalho da equipe de transição.

Embora Mercadante ainda tenha um longo caminho para conseguir alcançar o comando do banco estatal, a indicação do político petista teve um efeito negativo no mercado e, em especial, nas ações do Banco do Brasil.

Os investidores parecem ter precificado um futuro de interferência política sobre os bancos públicos. Lula já vinha afirmando que pretende ressuscitar a estratégia de usar instituições como Caixa, Banco do Brasil e BNDES para financiar o crescimento da economia.

Casa arrumada

Para o BB, o risco é que a interferência do governo cause um retrocesso operacional. Nos últimos anos, o banco público fez uma extensa lição de casa para melhorar o perfil da carteira de crédito, reduzindo os riscos de inadimplência e focando em operações mais rentáveis.

O trabalho deu resultado. Os resultados trimestrais mais recentes dos bancos mostraram que o BB está mais saudável e crescendo de forma mais acelerada do que seus pares privados. A ação do banco estatal chegou a ser classificada como a preferida por importantes gestores de investimento.

Agora, a influência política pode devolver o banco para um passado complicado, principalmente considerando que os juros estão elevados e as instituições financeiras terão que lidar com o aumento da inadimplência. Ampliar a concessão de crédito neste momento iria na contramão da lógica do setor, neste momento, segundo analistas.

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